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DIA DO COLONO E MOTORISTA: Olavo Gressler dirige ônibus há 26 anos
Santa Maria do Herval – Morador de Boa Vista do Herval, Olavo Gressler conhece muito bem o trajeto entre sua localidade e o município de São Leopoldo, por onde fez a linha de ônibus por mais de duas décadas. “Trabalhei por oito anos de cobrador. Quatro anos e meio trabalhei na rodoviária de Dois Irmãos e ali esses anos eu fazia umas linhas dirigindo ônibus como circular, colegial e bailes. Fui pegando experiência. Depois mais 21 anos fixo nessa linha Boa Vista do Herval a São Leopoldo e vice-versa”.
Ele tem orgulho em dizer que trabalhou 33 anos, 4 meses e 9 dias na mesma empresa (Wendling de Transporte Coletivo). E, mesmo depois de se aposentar, em 2017, seguiu exercendo a profissão. Mas em função da pandemia do coronavírus as linhas foram reduzidas e ele aguarda um dia poder voltar a essa rotina porque gostava muito do que fazia. “A gente sente falta do trabalho. Já estou com saudade. É uma profissão que acaba conhecendo muita gente. Geralmente são os mesmos passageiros e acaba fazendo amizade”. Era uma viagem pela manhã e outra à tarde.
Muita coisa mudou
Ao longo desses anos diariamente na estrada Olavo viu muita coisa acontecer. “Até 2011, quando estavam fazendo o asfalto que liga Santa Maria do Herval a Morro Reuter, era complicado nos dias de chuva. Em São José do Herval o ônibus chegava a atolar. O trânsito lá para baixo aumentou bastante. Teve épocas em que não encontrava um veículo no trecho de Boa Vista até Morro Reuter. Hoje as estradas estão cheias.”. Pessoas também mudaram bastante. Ele conta que viu os mais idosos irem falecendo e crianças de colo se tornarem adultos. Nessas muitas idas e vindas passou por sete assaltos, sendo quatro na época de cobrador e outros três como motorista.
Um conselho
Olavo aproveita para deixar um recado para quem pensa em seguir a profissão de motorista. “Meu conselho é começar devagar para ir se acostumando com a rotina. Primeiro fazer colegial. Linhas dentro do município, antes de pegar linhas maiores. É necessário ter bastante paciência e responsabilidade. São mais de 40 ou 50 vidas que você está levando no veículo. Também é preciso ter bom humor, gostar do que faz e não levar os problemas do trânsito para casa”.