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DIÁRIO RURAL: Família inteira envolvida na produção de derivados do leite na Picada Verão

13/01/2021 - 07h10min

Atualizada em 13/01/2021 - 11h06min

Dois Irmãos/Picada Verão – A vida e a rotina no campo é, na maioria quase absoluta das vezes, algo que apaixona a quem trabalha no meio rural. E este caso não é diferente com a Família Shuck Dias, na Picada Verão, que está há mais de 15 anos trabalhando na ordenha e produção de derivados do leite em agroindústria familiar.

Leandro Dias, 45 anos, e sua esposa Andréia Schuck Dias, 36 anos, são os responsáveis por criar e fazer crescer a agroindústria Sabor do Campo, e destacam que não se vêem fazendo outra coisa. “Para nós é normal esta rotina no campo. É muito gratificante pela qualidade de vida. A tecnologia nos facilita, mas o trabalho é de segunda a segunda”, disse Leandro.

Família Schuck Dias e o sobrinho Enzo mostrando alguns dos produtos feitos na agroindústria

Hoje em dia, eles mesmos produzem a silagem que dão de alimento para os animais e a ordenha das vacas leiteiras é feita de forma automatizada. Mas nem sempre foi assim. “Quando casamos, a gente tinha uma junta de boi e uma carroça. Hoje temos todo o maquinário necessário. O começo nunca é fácil, mas a gente precisa ser persistente. Fomos pouco a pouco nos instalando e estamos aí”, disse Andréia.

Quando começaram, relembra Andréia, eles tinham duas vacas e compraram mais cinco em um curto período através de crédito rural. Atualmente, eles contam com 60 cabeças de gado na propriedade, um funcionário direto e dois indiretos, em um negócio de família que tem tudo para seguir adiante pelas próximas gerações.

Andréia Schuck Dias selecionando os queijos produzidos na Sabores do Campo

Produção com o leite

Os cerca de 300 litros de leite ordenhados por dia pela família servem para a produção de embutidos, como queijos minas e colonial, iogurte de diversos sabores e leite pasteurizado. Ao todo, a produção de queijos dura cerca de 6 horas, enquanto a do iogurte dura 8 horas e são vendidos em cinco sabores diferentes em embalagens de meio litro.

Já o leite é vendido em garrafas de dois litros. Do atual rebanho, 21 são vacas em lactação. Eles possuem vacas da raça Jersey e Holandesa, que são de média produção, justamente para ter mais gordura no leite.

Os produtos da Sabor do Campo são vendidos na Feira do Agricultor de Sapiranga, que ocorre nas quartas e sábados, além de quinta-feira sob encomenda. Pedidos também podem ser feitos pelo (51) 99958-7701.

Vinícius, de 9 anos, cuidando de um terneiro na propriedade

Filhos envolvidos

O casal tem dois filhos pequenos, Vinícius de 9 anos e Yuri de 5 anos. Os dois são fiéis companheiros de jornada dos pais no trato com os animais e na produção. Perguntado por Leandro se gostaria de seguir a vida a dos pais, de criação de vacas leiteiras e na roça, Vinícius não titubeou e no mesmo momento balançou a cabeça fazendo sim.

Os dois filhos inclusive já ajudam na hora de dar silagem para as vacas e até no cuidado com outros animais da propriedade, como galos e galinhas. “O mais velho já dirige até o trator. Os dois já estão bem envolvidos na vida do campo”, disse a mãe Andréia.

Financiamentos ajudaram a prosperar

Por terem começado com pouco na vida de produtor de leite e derivados, a família Schuck Dias destaca a importância do crédito rural para o negócio prosperar. Logo no início, o financiamento foi importante para a compra de mais animais e aumentar a produção. “É um juro baixo e com a própria produção e vendas do produto tu consegue ir pagando”, contou Leandro.

Família utiliza vacas Jersey e Holandesa para produção de embutidos de leite

Mesmo com a propriedade prosperando, eles não deixaram de lado o crédito rural para incrementar ainda mais a produção, na compra de maquinários, principalmente. “Se não fosse o financiamento rural, acredito que nem existiria a agroindústria”, complementou Andréia.

Cursos para qualificar

Leandro e Andréia também contam o quanto que participar de cursos, principalmente da Emater, ajudou eles a crescerem e melhorarem suas práticas de produção. Entre as vivências e conteúdos aprendidos e colocados em prática na propriedade, eles destacam a inseminação de vacas para a criação de novilhas. “Depois dos cursos tu sai com outra visão. A gente aprende a fazer coisas que antes fazia errado e nem sabia”, disse Leandro.

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