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É tempo de milho em espiga
* por Fábio Radke
Morro Reuter – O período é de colheita do milho em espiga nas propriedades rurais da região. Com o objetivo do uso dos grãos para o trato animal, os agricultores fazem o processo manualmente, em áreas aonde não há máquinas ou aonde os equipamentos não conseguem alcançar. Em Morro Reuter, na localidade de Batatenthal, os idosos Dércio e Loiva Hoffmann, de 75 e 68 anos, respectivamente, começaram a semana executando a tarefa em um terreno acentuado. “O sol está bom, só de manhã anda um pouco frio”, disse ele. Ao lado da esposa, Dércio não perde o bom humor. “Eu pensei que tu ia nos ajudar”, disse brincando com o repórter.
O casal vai utilizar todo a produção para a alimentação dos animais da propriedade. A família Hoffmann possui hoje a produção de leite como carro-chefe. Ainda criam galinhas e porcos para subsistência e o excedente é comercializado e ajuda como complemento de renda. Segundo o filho Adilson, o casal tem ainda outros dois filhos. “Eles não são de sair muito, só que eles sentiram muito que não podiam receber mais os outros filhos durante a pandemia. Geralmente eles vinham quase todos os finais de semana visitar eles”, afirma.
Milho já secou bem
O extensionista da Emater em Morro Reuter, Evandro Knob, confirma que esse é o período em que os produtores rurais estocam o milho. “Agora é o período apropriado para a colheita por que as espigas já secaram bem e já é possível eles fazerem o tratamento para armazenar”, destaca. Em razão do aumento do preço do grão em meio a pandemia, muitos produtores rurais optaram pelo plantio nessa temporada. “Tivemos o plantio de 300 hectares de milho para grãos em Morro Reuter. Depois de debulhado, esse milho alimenta o gado, porcos e galinhas dos agricultores. Outro processo comum de uso do milho nas propriedades é a silagem”, acrescenta Evandro.