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Em Dois Irmãos, idosos recebem cartas para matar a saudade

08/07/2020 - 07h08min

Atualizada em 08/07/2020 - 07h09min

As mais de 50 cartas foram manuscritas. (foto: Rogério Savian)

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Rogério Savian

 

Dois Irmãos – Ficar em casa sem poder encontrar os amigos tem se tornado rotina para os integrantes dos grupos da terceira idade. Cada um procura ocupar o tempo de uma maneira, seja cuidando do jardim, horta, fazendo crochê ou assistindo televisor. No Vale Verde, Tânia Pereira, 59 anos, secretária e vice-presidente Grupo Da Paz, resolveu escrever cartas para os 90 integrantes do grupo e entregá-las em suas residências. Serão pouco mais de 50 cartas manuscritas. “Fiz questão de escolher com carinho até o tipo de papel que ia escrevê-las. Nas casas onde mora mais de uma pessoa eu fiz apenas uma carta, mas direcionei para os dois”, destaca.

Tânia nasceu em Cruz Alta, mas mora em Dois Irmãos há 40 anos. Ela integra o Grupo Da Paz há 8 anos e por 4 foi presidente do Conselho do Idoso. “É uma alegria a gente se doar às pessoas. As vezes uma palavra de carinho faz uma grande diferença na vida do outro. Me sinto lisonjeada e orgulhosa disso que estou fazendo porque isso aqui é simples, mas demonstra carinho”.

As cartas

As cartas também são uma maneira de matar a saudade porque são mensagens individuais e direcionadas. “Embora as mensagens sejam parecidas, cada um vai saber que eu escrevi para ele pois está o nome da pessoa na cartinha. Penso que assim é uma forma de demonstrar carinho e também levar uma mensagem positiva num momento tão difícil como este que estamos passando”.

Julita Diel foi a primeira a receber a carta. (Foto: Rogério Savian)

As entregas

Tânia começou a entregar as cartas na manhã da terça-feira, 7, mesmo com a chuva forte. Ela vai percorrer todos os bairros durante o mês de julho. “As que são perto vou a pé. As mais distantes vou de Uber. Esse é um gesto simples, mas que demonstra o carinho que temos com cada um, mas que lá no final faz toda a diferença”.

“Isso vai passar”

Ela ressalta que o pessoal está ansioso para retornar as atividades, mas sabem que neste ano dificilmente será possível. O mais importante é preservar a saúde. “A gente sente falta das atividades do grupo porque nos reuníamos duas vezes por mês. Também tinha diversas atividades de integração e cinco almoços durante o ano.  Mas isso tudo vai passar e estaremos juntos novamente”

 

 

 

 

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