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Em entrevista à Rádio Ivoti, Deputado Faisal Karam abordou diversos temas
Ivoti/Presidente Lucena – O deputado estadual Faisal Karam esteve na região, na semana passada. Além de passar por Presidente Lucena, onde se reuniu com o prefeito Gilmar Führ (Nack), o vice Lui Spaniol e o vereador Joel Metz, todos do PSDB, também visitou a sede do Diário e foi entrevistado ao vivo na Rádio Ivoti 87.9 FM. Na entrevista, Karam abordou diversos temas.
Um deles é os trabalhos da CPI dos Medicamentos, da qual é relator na Assembleia Legislativa. A comissão irá investigar denúncias de aumento nos remédios e insumos para o combate à Covid-19. Outro foi o trabalho recente como secretário Estadual da Educação. Confira a entrevista completa no Facebook ODIARIONET.
Algumas declarações do deputado na entrevista
Relação com a região
“Estamos tentando ir atrás dos prefeitos e vereadores aqui da região, identificando as dificuldades que eles têm enfrentado hoje, junto ao estado, de algumas demandas reprimidas. O prefeito [de Presidente Lucena] nos trouxe alguma coisa na área da Educação, que é uma preocupação dele, e outra demanda que está mais atrelada ao Daer, que vamos tratar, provavelmente, semana que vem.”
“Entendo o prefeito, a via [VRS-865, em Presidente Lucena] é de trânsito pesado, e por ali escoa parte da produção do município. Ela apresenta alguns pontos de ruptura do próprio asfalto. Se o prefeito assume esta responsabilidade de receber a via sem uma manutenção preventiva por parte do Daer, ele está atraindo algo que não vai conseguir executar nos próximos anos porque não há recursos para isto.”
CPI dos Medicamentos
“Buscamos averiguar mais de 180 requerimentos que chegaram até a Assembleia de denúncias diversas contra distribuidoras de medicamentos, redes de farmácias, hospitais também denunciando neste sentido. Vamos começar a analisar nesta segunda-feira. Fora essas, recebemos muitas denúncias de hospitais com extremas dificuldades de compra de medicamentos. Um motivo é o dólar, que subiu bastante, mas não justifica esta alta expressiva.”
“Não é uma caça às bruxas, e não estamos aqui para acusar A, B ou C. É para averiguar estas situações e se realmente elas ocorreram, haver penalidades. Estamos lidando com vidas de seres humanos, com o sofrimento, com dor de famílias diversas. É a pandemia, mas quando entra a ganância e a ambição das pessoas, ou dos empresários, isto tem que ser verificado.”
Discussão das aulas presenciais
“O governo fez um esforço, colocando internet, em parceria com deputados, comprou notebooks, fez formação para os professores no ensino remoto, certificamos praticamente 40 mil deles, colocamos EPIs, mais materiais de higiene. Preparamos a volta, mas não houve como preparar as escolas infantis e de Ensino Fundamental inicial. Mesmo a família com condições e as ferramentas, eles não conseguem trabalhar com isso. Quando isso não é desenvolvido dentro da escola, com socialização, entra a violência dentro de casa, e tantos outros problemas.”
“Não existe uma política pública no país, há mais de dois anos, na Educação. Tivemos uma orientação do MEC, que era, não reter aluno nenhum, ou melhor, não reprovar, e desconsiderar a carga horária de 200 dias letivos e manter a de 800 horas, remoto ou presencial. A omissão do MEC é gigantesca frente à pandemia. O MEC não teve uma orientação ao longo de um ano e dois meses de como orientar prefeitos, gestores e professores.”
Pandemia e vacina
“O risco existe sim, tomara recebermos a vacina para vacinarmos nossos professores com a segunda dose o mais rapidamente possível. Agora, a vida está voltando ao normal gradativamente. Precisamos nos cuidar e cuidarmos dos outros. Fazer a vacina é extremamente importante. O susto de todo mundo foi muito grande, e quando as pessoas passaram a perder conhecidos. Enquanto está distante da gente, existe até certa desconfiança, e quando se tem, do outro lado, alguém que diz que é uma ‘gripezinha’, você começa a colocar em dúvida, muitas vezes”.
“Sou a favor da vacinação dos professores. E, sem dúvida nenhuma, o RS vai passar por isso, a curva está descendente, e, se Deus quiser, nos próximos dias, voltaremos a uma normalidade, que nunca será a mesma como era no passado. Mudou muita coisa, o comércio e a indústria mudaram, o mercado sofre uma transformação gigantesca, então temos que nos adequar a uma nova realidade de mundo, e ela passa pela Educação.”