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Escola de Nova Petrópolis está fechada há um mês por falta de funcionários para a limpeza

19/07/2021 - 16h58min

Escola Piá deve abrir para os alunos somente em agosto (Créd.: Dário Gonçalves)

Nova Petrópolis – Há cerca de um mês, a Escola Estadual de Ensino Fundamental Piá está sem aulas presenciais por não ter funcionário(a) para a área da limpeza. Sem o profissional, o Estado não permite a abertura da escola por conta dos protocolos sanitários de prevenção à Covid-19, já que esta é uma das exigências para receber os alunos e professores presencialmente.

O empresário Clóvis Schumann é pai de dois alunos da escola, uma menina de 11 anos que está no 6º ano, e um garoto de 15, estudante do 9º ano. Para ele, esta situação é muito ruim, pois os filhos, e os alunos em geral, já passaram muito tempo longe das salas de aula e não considera aceitável uma escola não poder abrir por este motivo.

Ainda de acordo com Shumann, cerca de dois anos atrás, algo semelhante aconteceu e a escola ficou sem funcionários para a limpeza. Na ocasião, voluntários se disponibilizaram a fazer a limpeza e o serviço foi aceito. Assim, as atividades ocorreram normalmente. “Tanto a diretoria da escola, como professores, pais e mães dos alunos, quiseram ajudar, de forma voluntária, na limpeza dos banheiros e outras áreas para manter a instituição aberta, mas dessa vez a 4ª CRE não aceitou”, comentou o pai.

Portões fechados na escola Piá (Créd.: Dário Gonçalves)

Contratação em andamento

Em contato com a Escola Piá, a diretoria informou que, por orientação da 4ª Coordenaria Regional de Educação, as instituições estaduais de ensino não podem se comunicar com a imprensa. Já a coordenadora da 4ª CRE, Viviani Vanessa Devalle, disse que a contratação está em andamento e que espera ter resolvido o problema até o fim do recesso escolar, quando as aulas retornarem no início de agosto.

“Não nos eximimos da responsabilidade, mas há uma burocracia”

Devalle explicou que a escola ficou sem profissional da área quando a funcionária que trabalhava na limpeza deixou a instituição por ter recebido uma proposta melhor. Desde então, a 4ª Cre vem tentando contratar uma substituta, mas sem sucesso até o momento. “Como trata-se de um serviço público, não podemos simplesmente contratar, é necessário todo um processo burocrático, que é o que vem atrasando a nova contratação”, explicou a coordenadora

Candidatos recusaram a vaga

Assim que a antiga funcionária -se da escola, a 4ª Cre foi em busca dos candidatos cadastrados para o período de 2020/21. Como nenhum aceitou, a busca se estendeu para os inscritos de 2019/20, também sem sucesso. “Tivemos que pedir uma contratação emergencial ao Estado, pois não haviam ninguém para a vaga. Abrimos inscrições, que se encerraram no dia 11, e 11 pessoas se inscreveram. Agora estamos neste processo seletivo”, comentou Devalle.

Este processo dura em torno de três semanas, pois, ao contatar um dos candidatos, este tem o prazo de 48 horas para responder se aceita ou não a vaga. Se recusar, parte-se para o próximo. “As vezes eles deixam para responder na última hora, ou nem respondem. Não nos eximimos da responsabilidade, mas há uma burocracia”, disse a coordenadora.

Coordenadora da 4ª Cre, Viviane Devalle (Créd.: Divulgação)

Plano de contingência

Sobre não autorizar a limpeza da escola por voluntários, Devalle explicou que ter um funcionário específico para esta função é uma das exigências do Plano de Contingência do Estado. Sem que ele seja cumprido, não é possível liberar a presença dos alunos e professores. “Vivemos em uma pandemia e são necessário cuidados especiais para que o vírus não se espalhe. Por isso se exige a presença de um profissional”, finalizou.

A Prefeitura também se pronunciou, por meio da secretaria de Educação, e disse que o município não tem gerência sobre as escolas estaduais e, por isso, não pode disponibilizar servidores sem um convênio assinado para tal.

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