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Família de estanciense de 21 anos denuncia negligência médica no hospital Getúlio Vargas

08/12/2020 - 12h31min

Atualizada em 08/12/2020 - 13h11min

Irmãos de Milena afirmam que a jovem está internada há mais de um mês, sem diagnóstico e morrendo (Crédito - Jéssica Ramos)

Estância Velha – A família de Milena Nataly Proença da Silva, 21 anos, acionou a reportagem do Diário na manhã desta terça-feira, 08, para denunciar uma situação de negligência médica e descaso no Hospital Municipal Getúlio Vargas. Isso porque, segundo os familiares, a estanciense está internada há mais de um mês, sem diagnóstico, e em estado cada vez mais grave.

Sandra Luzia, mãe de duas irmãs de Milena por parte de pai, conta que está acompanhando o caso desde o início e a situação é, simplesmente, inadmissível. Segundo ela, Milena foi diagnosticada com Covid-19 há cerca de dois meses e se recuperou sem complicações.

No entanto, há pouco mais de um mês, a jovem precisou ser internada no hospital da cidade com um quadro de anemia, desnutrição, problemas pulmonares e de rins. Desde então, muitas situações de negligência médica se configuraram, pois Milena precisou de sangue, oxigênio e apresentou bastante inchaço.

Sandra afirma que os próprios médicos são incoerentes nos procedimentos, e, quando atendem à família, dizem que a situação da paciente está dentro da normalidade. Contudo, nessa semana Milena foi transferida para a “sala vermelha” e passou a aguardar vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da região, ainda sem diagnóstico. A médica responsável por Milena, conforme a família, é a dr.a Nádia Cristina Gress Krüger.

A família de Milena afirma que está desesperada, principalmente, porque a jovem tem uma filha de dois anos e amigos próximos perderam filhos em situações muito semelhantes que ocorreram, recentemente, no hospital Getúlio Vargas.

O que diz a direção do hospital

O diretor do hospital, Ismael Nervo, disse que acompanha a situação pessoalmente, mas, por lei, não pode divulgar informações sobre o diagnóstico de Milena. Nervo afirmou que a estanciense aguarda vaga na UTI, mas que a transferência da paciente não depende do hospital, e sim do sistema jurídico do estado.

Sobre situação de negligência médica, o diretor disse que, caso a família se sinta lesada, deve abrir um processo administrativo, formalizar a denúncia.

Nervo também orientou que a reportagem do Diário acionasse o Departamento de Comunicação (Decom) da cidade, caso precisasse de mais informações.

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