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Fé e persistência garantem a volta por cima

13/05/2021 - 18h02min

Atualizada em 13/05/2021 - 18h06min

* por Fábio Radke e Rodrigo Thiel 

Dois Irmãos – “Eu me considero um milagre”. É assim que o empresário Marciano Kaefer, de 42 anos, descreve a fase de recuperação em casa e a vitória sobre o Covid-19, após permanecer internado mais de 50 dias. Dois dias depois da alta hospitalar e o retorno ao município, a família recebeu a reportagem do Jornal Diário para contar o drama enfrentado pelo morador do bairro União. “Não sabia mais o que fazer. Eu disse aos médicos façam o que puderem, mas salvem meu marido. Minha fé era muito maior do que os diagnósticos. Eles chegaram a ligar e dizer que ele só tinha mais alguns dias de vida”, descreve a esposa do empresário, Ivete Rambo, de 38 anos.

O proprietário da MT Terraplanagem e pai da Nicole, de 22 anos, e do Pietro, de 9, relembra a sina entre o resultado do teste rápido até a internação em um leito de UTI no Hospital Independência, em Porto Alegre. A instituição de saúde do SUS é referência para casos de Covid-19. “Na segunda-feira do dia 15 de março, eu fiz um exame na farmácia e deu positivo. Eu até tomei os medicamentos, mas em questão de uma semana, o funcionamento do meu pulmão estava 60% comprometido”, relata. Ainda internado no Hospital São José, de Dois Irmãos, precisou aguardar nove dias à espera de vaga em uma UTI. No dia 1º de abril aconteceu a transferência para a casa de saúde na Capital. Quando obteve a vaga já necessitava de respiração mecânica por que o percentual de comprometimento do pulmão chegou a 100%. “A ventilação mecânica chegou a estar no máximo. Estava mais morto do que vivo. Eu me considero um milagre. Estava no limite de tudo”, comenta emocionado.

Uma verdadeira corrente de fé e oração surgiu no período em que o empresário esteve entre a vida e a morte. “Só de estar em casa com minha família e deitar na minha cama fico muito feliz.  Muitas pessoas oraram por mim. Familiares, vizinhos e amigos. Inclusive gente do Mato Grosso e até do Espirito Santo rezaram por mim. Os médicos e demais profissionais foram como pessoas da minha família sempre estavam disponíveis. Em nenhum momento perdi a fé. Eu fui muito persistente”, acrescenta.

Marciano está hoje com 17 quilos a menos e com a fala um pouco dificultada devido a uma necessária traqueostomia que está cicatrizando. O recomeço agora prevê sessões de fisioterapia em casa e que iniciam nos próximos dias. Em resposta a atenção dos profissionais, um total de 50 cucas foi enviado recentemente para a casa da saúde. Entre as promessas feitas pela família, uma delas, inclui uma visita ao Santuário de Aparecida. “Eu tinha muita garra e fé de que tudo ia dar certo. Dizia para mim mesmo que ia sair dessa. A ciência não é tudo, a fé também se faz necessária. Prometi a mim mesmo que a partir de agora vou aproveitar mais a vida”, finaliza.

Marciano quando recebeu alta do hospital na quarta-feira

Mariano está em casa junto com a família desde quarta-feira, 12, quando recebeu alta do Hospital Independência em Porto Alegre

Recados e mensagens positivas acompanharam Marciano no hospital e agora estão na sala de casa, ajudando também na recuperação

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