Feminicídio em Nova Petrópolis: assassino vendeu televisão da vítima para fugir

Nova Petrópolis – Fábio Silva de Alvarenga, de 43 anos, autor do feminicídio contra Marli Salete Pinheiro Paes, de 41, na semana passada, conseguiu vender o aparelho de televisão da vítima, que ele furtou após o crime, e usou o dinheiro para fugir do município. Pela TV, Fábio conseguiu uma quantia de R$ 400,00.

A Polícia Civil conseguiu chegar a uma pessoa que vendeu a televisão a mando do criminoso. Com as informações de onde o aparelho estaria, os policiais foram até a pessoa que comprou e apreendeu a televisão. A polícia afirma que a pessoa que comprou não tem participação no crime, apenas foi enganada. Inclusive, o comprador teria pedido um recibo pelo aparelho.

O delegado Fábio Idalgo Peres não deu detalhes sobre qual foi a data que o objeto foi vendido. No entanto, disse que o crime pode ter ocorrido ainda no final de semana que antecedeu o encontro do corpo, na quarta-feira, 4, à noite. As primeiras informações já davam conta de que ela estaria morta há pelo menos dois dias. Na TV, os policiais ainda encontraram marcas de sangue no canto da tela e no suporte que sustenta o aparelho. O assassino teria deixado o local do crime carregando o objeto na mão. “Foi constatado que foram subtraídos alguns objetos da vítima que o auxiliaram financeiramente para fugir de Nova Petrópolis”, disse o delegado.

Pistas

Peres também não deu detalhes sobre o quanto as investigações já avançaram, mas disse que todas as questões sobre antes e logo depois do crime já foram levantadas. Inclusive, já tem informações de por onde ele andou. As investigações estão sendo feitas pela delegacia de Nova Petrópolis, em parceria com a Polícia Civil de São Paulo, onde ele estava morando, e Governador Valadares-MG, cidade que nasceu e possuí vínculos.

Em Minas Gerais, Fábio de Alvarenga possui mais de 60 passagens pela polícia, a maioria de crimes contra o patrimônio, mas também por furtos e estelionatos.

Disseminando o medo

O assassino também levou o celular da vítima, e com ele tem feito postagens no perfil dela, no Facebook. Além de responder a comentários, ele já fez transmissões ao vivo e manda solicitações de amizade. “Realmente ele usou as redes sociais, usou todo meio que pôde para disseminar o medo”, completou o delegado.

A arma usada no crime não foi encontrada e possivelmente foi levada com ele. Fábio chegou a postar que “sem a arma não há crime e sem flagrante não há prisão”. Porém, o delegado disse que, mesmo que essa prova não tenha sido encontrada, há elementos suficientes para apontar com convicção a autoria do crime.