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Governo anuncia R$ 40 bi para pagar salários de pequenas e médias empresas

27/03/2020 - 14h44min

Atualizada em 27/03/2020 - 14h52min

Jair Bolsonaro e Roberto Campos Neto anunciaram medida para tentar conter a crise econômica (Créd. Reprodução)

O Governo Federal anunciou nesta sexta-feira (27) uma linha de crédito emergencial para pequenas e médias empresas, um montante de R$ 40 bilhões, que servirá para pagamentos de salários dos seus funcionários pelo período de dois meses. O comunicado veio através do próprio presidente Jair Bolsonaro e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em coletiva no Palácio do Planalto.

O auxílio visa aliviar a pressão financeira sobre as empresas durante a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. O governo também estuda auxílio para microempresas, com rendimento abaixo do piso de R$ 360 mil ao ano.  O financiamento estará disponível para empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões por ano. O dinheiro será exclusivo para folha de pagamento e a empresa terá 6 meses de carência e 36 meses para pagar o empréstimo, com
juros de 3,75% ao ano.

Além disso, informou o presidente do Banco Central, as empresas que contratarem essa linha de crédito não poderão demitir funcionários pelo período de dois meses. “O dinheiro vai direto para a folha de pagamento. A empresa fecha o contrato com o banco, mas o dinheiro vai direto para o funcionário, cai direto no cpf do funcionário. A empresa fica só com a dívida”, disse Campos Neto.

Salários

De acordo com Campos Neto, o dinheiro para pequenas e médias empresas vai financiar, no máximo, dois salários mínimos por trabalhador. Àqueles que receberem um valor superior aos dois salários, terão de se adequar a proposta ou entrar em acordo com a empresa, ficando a cargo dela complementar o restante do valor.

Quem já tem salário de até dois salários mínimos continuará a ter o mesmo rendimento. De acordo com o presidente, a previsão é que sejam beneficiadas pela medida 1,4 milhão de pequenas e médias empresas do país, num total de 12,2 milhões de pessoas.

A operação do programa será feita em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e bancos privados. De acordo com o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, do total de R$ 40 bilhões que serão ofertados, 85% virão do Tesouro Nacional e outros R$ 15% de bancos privados, que também serão os responsáveis por assinar os contratos com as empresas e repassar o dinheiro do financiamento direto para as contas dos trabalhadores.

 

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