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Hervalense preso por matar idoso ainda tentou assassinar os filhos da vítima

20/01/2021 - 14h16min

Atualizada em 20/01/2021 - 15h42min

Morador foi preso pela Polícia Civil e Brigada Militar logo após o crime (FOTO: Cleiton Zimer)

Por Cleiton Zimer

Santa Maria do Herval – O indivíduo que foi preso pela morte do idoso Ladislau Cândido do Amaral, de 70 anos, ainda tentou assassinar os filhos da vítima. O fato ocorreu instantes depois do homicídio no final da tarde de quarta-feira, 6 de janeiro, próximo à casa de Ladislau em Padre Eterno Ilges.

De acordo com testemunhas os filhos estavam voltando para casa a pé após trabalharem o dia na lida do mato, ofício que exerciam junto com Ladislau que, naquele dia, havia ido fazer compras em um mercado próximo ao local do crime, na localidade de Padre Eterno Baixo. Segundo informações, após matar a pedradas o idoso, o suposto autor identificado como Leandro Arnold seguiu até a casa da vítima e desferiu tiros contra dois filhos e um amigo de Ladislau, que estavam na rua. Ao todo, foram seis disparos e apenas um acertou o dedo indicador direito de um dos filhos. Vizinhos relataram que escutaram os tiros de longe.

Enquanto a polícia prendia em flagrante o suspeito e apreendia um revólver calibre 22, o homem recebeu atendimento médico e foi encaminhado para Canoas. Eles só ficaram sabendo que Ladislau havia sido morto depois da tentativa de assassinato contra eles, com a chegada da polícia. O revólver não foi utilizado contra o idoso.

PRESO NA PENITENCIÁRIA DE SAPUCAIA

Leandro, que é morador de Padre Eterno Ilges – sendo vizinho da vítima – segue preso na Penitenciária Estadual de Sapucaia do Sul. De acordo com a Polícia Civil do município, foi solicitada a prorrogação do prazo para a conclusão do inquérito para poder aprofundar o mesmo, o que foi concedido pelo juiz. Ele deve ser entregue até o final desse mês e, até o momento, não foram divulgados maiores detalhes sobre o andamento da investigação.

Crime chocou a cidade 

Corpo de Ladislau foi encontrado em baixo de uma pinguela, por moradores que escutaram barulho no local e, logo após, avisaram a polícia (FOTO: Cleiton Zimer)

O crime chocou os moradores do município, que registrou o primeiro homicídio da região em 2021. A brutalidade e a sequência dos fatos também gerou grande repercussão.

Esse foi o segundo assassinato em Herval em menos três meses; no dia 21 de outubro, o ex-vice-prefeito e empresário Adélcio Haubert levou um tiro na cabeça em sua residência em Boa Vista do Herval, levando o a óbito seis dias depois. Até o momento, o crime não foi elucidado.

Pão ficou deitado ao lado do corpo

A vítima havia acabado de fazer compras em um mercado local e voltava para casa quando foi atacado e morto enquanto passava por uma pinguela sobre o Rio Cadeia. Um saco de pães ficou deitado ao lado do seu corpo, que estava sobre as pedras, dentro do rio.

Um morador do Padre Eterno Baixo e testemunha do fato relatou em detalhes o momento no assassinato e quando encontrou o corpo de Ladislau, já sem vida, caído abaixo da pinguela. “Eu ouvi o barulho de pedras sendo jogadas no rio. Achei que era alguém tomando banho ou brincando, mas estava muito estranho”, iniciou o morador que pediu para não ser identificado.

Em seguida ele contou como o suspeito do crime deixou o local e a sua primeira reação ao ver a vítima. “Logo depois, uma moto arrancou, fugindo. Daí eu fui olhar se tinham feito algo e vi o corpo caído no rio com algumas pedras por cima. Fui correndo chamar a polícia. O susto foi grande, nunca imaginamos passar por isso aqui”.

Prisão do suspeito e silêncio na Delegacia

Pouco depois da confirmação da morte de Ladislau, a polícia já ouviu relatos de testemunhas e foi atrás do suspeito de ter cometido o assassinato. De acordo com informações, os populares descreveram aos policiais que ouviram barulhos de pedra e que um indivíduo de camiseta azul saiu do local em uma motocicleta.

Com o início das buscas, o suposto assassino foi encontrado dentro de sua casa, que fica a poucos metros da residência da vítima, no Padre Eterno Ilges. O indivíduo, identificado como Leandro Arnold, teria desconversado a situação com a polícia, mas logo depois afirmou que seria o autor do crime, sendo encaminhado para Novo Hamburgo.

Na delegacia, o suspeito foi apresentado ao delegado, que efetuou a prisão em flagrante, mas na hora do depoimento do homem, ele se manteve em silêncio, não declarando nada sobre o crime.

 

 

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