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Ivoti: falha em bafômetro da PRF impediu flagrante de acidente na BR-116

11/12/2020 - 11h47min

Motorista do Sonic estava com 13 vezes mais álcool no sangue do que o permitido (Créditos: Eliseu Preuss)

Ivoti – O motorista do automóvel Chevrolet Sonic causador de um acidente na tarde de quinta-feira, 10, na BR-116, na entrada de Ivoti, não foi detido em flagrante por um problema em um etilômetro da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O motorista estava embriagado, e o aparelho aferiu o excesso de álcool no sangue, porém o resultado não foi impresso, prejudicando o flagrante.

Os dois veículos seguiam em sentido contrário na rodovia, por volta das 15h30, quando o motorista do Sonic, que subia no sentido Novo Hamburgo a Dois Irmãos, perdeu o controle e bateu de frente em uma Toyota Hilux, com dois ocupantes. O motorista do Sonic ficou levemente ferido, e foi encaminhado ao Hospital São José, em Ivoti.

Já o motorista da Hilux, de 49 anos, teve ferimentos acima do nariz, compatíveis com um choque de armação de óculos no rosto, porém recusou atendimento médico. O passageiro da Hilux não se feriu. Ambos são veterinários, e haviam feito um serviço em Morro Reuter pouco tempo antes. Eles estavam retornando a Teutônia, no Vale do Taquari, quando houve o acidente.

Segundo o boletim de ocorrência, o primeiro teste do bafômetro feito no motorista do Sonic teria acusado resultado de 0,54 mg/L, já compatível com crime de trânsito, e 13 vezes acima do limite permitido pela legislação brasileira. Contudo, o laudo não foi apresentado devido aos problemas na impressora da PRF, que é do modelo antigo.

Um segundo teste foi realizado no hospital, já com um modelo novo de etilômetro, e o resultado foi de 0,37 mg/L, nove vezes acima do permitido. Depois de atendido, o motorista do Sonic foi encaminhado à DPPA de Novo Hamburgo com o resultado do segundo teste e a informação sobre o primeiro. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Dois Irmãos.

O fato de haver problemas no laudo, por exemplo, impediu que houvesse fixação de fiança para o motorista do Sonic, que vai responder ao crime de trânsito em liberdade. A Polícia Civil deverá conduzir o inquérito. Questionada, a PRF apenas confirmou que não é comum haver problemas do tipo nos aparelhos, e disse que a decisão ou não do flagrante é do delegado responsável pelo caso.

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