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Lindolfo Collor: Família espera que justiça seja feita
Ricardo Marques
<10>Lindolfo Collor – Em estado de choque. Assim o auxiliar de almoxarifado Francisco de Assis Lopes Ximenes, 34 anos, descreve a situação da família com o assassinato de seu enteado Chrystian Matheus Almeida Machado, 24 anos, ocorrido na madrugada de domingo em Lindolfo Collor. Autor confesso e acusado pelo crime, Wagner Siqueira de Lima, 22, foi preso na terça-feira em Ivoti e até a tarde de dessa quarta aguardava transferência para uma penitenciária na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Novo Hamburgo.
“Ainda não conseguimos entender e muito menos aceitar o que aconteceu. O Chrys era um guri bom, estava trabalhando e nunca causou problemas para ninguém”, afirma Ximenes. O padrasto recebeu a reportagem do Jornal O Diário na manhã dessa quarta-feira em sua casa na localidade de Linha 48 Baixo, em Lindolfo Colllor. “Estamos destruídos e queremos justiça. Esperamos que o culpado preso ontem passe o resto da vida preso. Isso não vai trazer nosso filho de volta, mas pelo fará justiça com a memória dele”, afirma o padrasto da vítima. Ele conta que sua esposa, mãe de Chrystian, está muito abalada. “Mas ela é forte. Ela é auxiliar de serviços gerais. Pedimos para ela ficar em casa mais uns dias, mas hoje preferiu ir trabalhar para ocupar a cabeça.”
Francisco Ximenes conta que o enteado morava a cerca de quatro meses com eles em Lindolfo Collor. “O Chrystian estava com o pai biológico em Porto Alegre, mas eles se desentenderam e ele saiu de casa. Ficou na rua algumas semanas e depois veio para cá. Começou a trabalhar como montador de móveis em uma estofaria e então conheceu a Dionara (Andressa dos Santos, 23 anos), com quem estava há poucas semanas.” Ela é ex-namorada de Wagner Lima, que teria esfaqueado a vítima por ciúmes. Chrystian deixou um filho de quatro anos.
Acusado optou por silêncio em depoimento
Após ser preso em Ivoti na tarde de segunda-feira, Wagner Siqueira de Lima foi ouvido pela equipe de investigação da Delegacia de Polícia de Ivoti. Na presença de seu advogado, ele usou seu direito de ficar em silêncio e só se manifestar em juízo. Extraoficialmente ele teria reconhecido a faca usada no crime.
A Polícia Civil trabalha nos últimos detalhes e aguarda laudos periciais para concluir o inquérito do homicídio. Com prisão preventiva decretada, até a tarde dessa quarta-feira Lima permanecia detido na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Novo Hamburgo a espera de ser transferido para uma penitenciária.