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Lindolfo Collor: pôr ordem na casa é o lema dos eleitos Gaspar e Gilnei
Lindolfo Collor – Foi difícil e com muita emoção envolvida. Mas Gaspar Behne, do PP, levou a melhor na eleição do último domingo, 15, e conquistou a Prefeitura para o mandato entre 2021 e 2024. Behne conquistou 1.339 votos, ou 35,28%, superando adversários tradicionais. Alceu Heinle, do MDB, teve 1.301 votos (34,28%) e Gordinho, do PT, 1.155 votos, ou 30,43%.
“Temos apenas a agradecer a comunidade que acreditou no nosso trabalho. O povo mostrou que queria a mudança, e trabalhamos muito para que este resultado acontecesse”, afirma Gaspar, ao lado do futuro vice-prefeito, o vereador Gilnei Prass, do PSL. A votação em Lindolfo foi decidida nos detalhes, mas antes mesmo do resultado oficial do TSE, a equipe já comemorava a vitória.
A eleição é ainda mais surpreendente porque Gaspar, empresário de 49 anos, entrou na metade da campanha, já que Wiliam Winck, do PSL, teve a candidatura impugnada pelo Ministério Público Eleitoral. No lugar, entrou Gaspar, candidato a vice de Wiliam, que, por sua vez, convidou Gilnei, nome igualmente querido no município.
“O Gilnei deu ainda mais força à campanha. Ele é muito conhecido e respeitado entre todos, mas principalmente entre o eleitorado jovem e os agricultores”, comenta Gaspar. O futuro prefeito tem diversos projetos pela frente. Mas, por enquanto, a equipe começa a se concentrar em montar a comissão de transição, para preparar o terreno para depois da posse, a partir de 1º de janeiro.
“Queremos pôr ordem na casa. Meu secretariado será composto por pessoas profissionais, que elaborem bons projetos e que trabalhem em prol da comunidade. Também batalharemos para conseguir mais recursos em Brasília”, diz Gaspar. Na visão dele, o trabalho em conjunto também foi fundamental para garantir o êxito nas eleições.
Diálogo com a Câmara será “fundamental”, dizem
O diálogo com a Câmara, segundo ele, será fundamental para garantir um bom governo, sabendo que, no início da próxima legislatura, haverá mais membros de partidos de oposição do que favoráveis ao prefeito. “Não vamos tentar puxar vereadores para o nosso lado, mas sim dialogar com todos eles. Vamos trabalhar juntos e unidos”, afirma Gilnei.
A ideia, portanto, é garantir que haja “união total entre os poderes Executivo e Legislativo”, nas palavras deles. Outra grande questão, que inclusive havia sido objeto de apontamento do Tribunal de Contas do Estado e foi um dos catalisadores do impeachment de Wiliam, foi a folha de pagamento da Prefeitura acima do teto recomendado.
Para evitar isto, Gaspar conta que pretende manter apenas os funcionários necessários para garantir o bom funcionamento do Executivo. “Não queremos engessar a Prefeitura, pois assim sobrará menos para a realização de investimentos. Tentaremos manter o percentual da folha da forma como está hoje. O que precisar manter [de funcionários], vamos manter”, reforça o futuro prefeito.
Organizar a Saúde entre as metas principais
A Saúde é demanda de importância para a dupla. Segundo Gaspar, a intenção é organizar a área, a fim de lidar com os futuros desafios da pandemia de Covid-19. “Hoje, os pacientes são separados entre casos suspeitos de Covid e aqueles que vão consultar para outras especialidades. Mas não é possível, por exemplo, ao mesmo médico, atender ambos, como está acontecendo”, comenta Gilnei.
Embora seja empresário de formação, Gaspar é ligado à história de Lindolfo Collor desde o início. Seu pai, Eugen Behne, foi o presidente da Comissão Emancipadora do município, vereador e o primeiro vice-prefeito de Lindolfo, entre 1993 e 1996. “Quando o município foi criado, meu pai trouxe móveis no próprio carro para pôr na Prefeitura, pois ainda não havia nada”.