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Mãe que peregrinou por hospitais da região para ganhar bebê relembra situação polêmica
Ivoti – O dia 26 de junho é muito marcante para a família da ivotiense Adrielle Gonçalves. Na data, há um ano, a moradora do bairro Morada do Sol passou por uma das situações mais delicadas da sua vida. Gestante e prestes a dar à luz ao menino Igor Gabriel, Adrielle percorreu quatro cidades para receber atendimento e conseguir encaminhar o parto do filho mais novo.
A tensão do momento hoje é lembrada com alívio. “Ele está muito bem. Antes da pandemia, frequentava creches. Com 10 meses já estava caminhando. É muito ativo”, comenta a mãe, orgulhosa. O caso ganhou forte repercussão junto à comunidade na oportunidade, em razão da peregrinação que a mãe teve de fazer entre os hospitais de Ivoti, Estância Velha e Campo Bom, até finalmente conseguir ser internada no hospital da cidade de Sapiranga. Uma saga que durou quase 24 horas até o desfecho feliz.
“Ainda não estava na hora”
Revendo a história, Adrielle recorda da maratona dolorosa que teve de percorrer para ter seu filho. “Foi horrível tudo aquilo. Não desejo a ninguém passar por uma situação como aquela. Eu sentia dor e não havia definição de onde eu ganharia o bebê”, comentou. Um dia antes do nascimento de Igor – em 25 de junho – Adrielle sentiu as primeiras contrações por volta das 22 horas.
De imediato buscou atendimento no Hospital Getúlio Vargas de Estância Velha, que à época era a referência em partos na região. “Mas não havia internação, porque o setor estava em reformas. Fui encaminhada para Campo Bom, onde recebi atendimento de um clínico geral, que me disse que ainda não estava com dilatação para o parto. Eu tinha contrações de cindo em cinco minutos”, afirmou.
Final de feliz e um bebê saudável
Adrielle então recorreu ao Hospital São José de Ivoti, por onde tentou ser encaminhada para internação em outros municípios. “Morria de dor naquele momento. Retornei a Estância e após muitos desencontros, finalmente conseguiram um leito no hospital de Sapiranga”. Durante as idas e vindas, todo o deslocamento foi realizado com o próprio veículo da família. “Em Sapiranga nem sabíamos onde era o hospital. Já estava com sangramento. Às 22h30 fiz a cesárea e consegui ter o Igor. Foi um alívio imenso”, desabafou.
Desde que nasceu, o menino de um ano teve pequenos problemas respiratórios e infecções de ouvido, naturais da idade em decorrência do frio. Mas, segundo a mãe, tem ótima saúde. Adrielle não guarda rancor dos profissionais que prestaram atendimento na oportunidade. “Nunca pensei em buscar alguma reparação na Justiça pelo que passei. O importante para mim é que o Igor está bem”, finaliza.