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Morador de Dois Irmãos morre durante trilha com os amigos

14/10/2021 - 11h38min

Magnos fazia trilha de gaiola há mais de 15 anos

Dois Irmãos / Nova Petrópolis – O sábado, dia 9, começou da mesma maneira de sempre para uma turma de amigos, que há anos se juntam para fazer trilhas com gaiolas pelas estradas do interior. Entretanto, o que era para ser mais um dia de diversão acabou resultando na partida precoce de Magnos Fábio Seidel Zanolla, 40 anos, que faleceu após uma parada cardíaca já ao final do percurso.

O grupo partiu cedo, ao nascer do novo dia. Já às 7h estavam na trilha Schtadt Platz, na localidade de Linha Imperial no município de Nova Petrópolis. Magnos estava com sua gaiola na oficina e, portanto, foi como “zéquina”, na carona. De acordo com os amigos em nenhum momento ao longo de percurso ele se queixou de qualquer mal estar.

Segundo o amigo e companheiro de trilha, Everton Rodrigo Boll, 33 anos, ele estava bem e era acostumado a trilhar. “Não se queixou de nada, mas quando terminamos a trilha fomos para o local de almoço e lá ele caiu no chão. Cheguei perto dele e chamei, mas ele demorou para responder e aí quando acordou ele disse: Eu caí? Respondi que sim, e ele ainda perguntou se eu tinha certeza”, conta.

Depois disso, Magnos tomou água e logo sinalizou aos amigos que não estava bem. “Deitamos ele no chão e chamamos a ambulância. Tentaram reanimar ele no local e depois no Hospital de Nova Petrópolis, mas não conseguiram”, lamenta.

De acordo com o irmão de Magnos, Márcio Joel Seidel Zanolla, 47 anos, no ano passado ele teve um princípio de infarto, mas foi ao médico e fazia tratamento com remédios. “No sábado, no hospital, nos informaram que se ele sobrevivesse poderia ficar com bastante sequelas”, disse o irmão.

Magnos com os irmãos Márcio e Marcos

Um espaço vazio

Ao lembrar do irmão, com lágrimas escorrendo sobre o rosto, Márcio afirma que ele deixou um vazio que nunca será preenchido. “Ele era um cara fantástico, poderia falar dele o dia todo. Brigas sempre tinham, qual o irmão que não briga? Mas nós estávamos sempre juntos. Trabalhávamos juntos há 16 anos, o que tem me confortado é pensar que ele estava junto dos amigos e morreu fazendo uma das coisas que mais gostava, que era a trilha”, declara.

Tratamento igual

O amigo Everton relembra de Magnos com uma pessoa que não tinha preconceitos e não fazia distinção. “Para ele não tinha tempo ruim, tratava todas as pessoas bem. É uma grande perda e uma perda precoce”, ressalta.

Paixão por carros

O amigo e sócio Fernando Luís Schlindwein, 39 anos, contou que uma das paixões dele eram os carros e que ele era uma pessoa inteligente, daquelas que sempre tem uma resposta. “Ele não enrolava ninguém, tinha muito conhecimento sobre tudo. Nunca dizia não, sempre disposto a ajudar”.

Ainda segundo Fernando os dias que antecederam a fatalidade foram como uma despedida. “Na quinta-feira anterior fizemos uma janta e na sexta durante o dia tivemos vários momentos que parecem uma despedida”, lamenta o amigo.

Magnos e a turma de trilha do Galpão Tatulamas

Sobre Magnos

 É natural de Crissiumal-RS e morador há 18 anos do bairro Vale Verde, em Dois Irmãos. Trabalhou com chapeamento e pintura na SapoCar, de onde saiu cerca de 30 dias para trabalhar com o irmão Márcio e o amigo Fernando. Magnos, com apenas 40 anos deixou enlutados os pais, os irmãos, amigos e a esposa Ivonete Klein.

Ele foi velado no domingo, 10, na Capela Municipal de Dois Irmãos e a cerimônia de despedida aconteceu às 17h, no Cemitério Municipal de Crissiumal, sua terra natal.

Por Carla Fogaça

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