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“Nossas suspeitas se confirmaram”, diz delegado que investiga a morte de Lourdes

13/01/2022 - 19h04min

O delegado de Estância Velha e responsável pela investigação da morte da cabeleireira Lourdes de Oliveira Melo, Rafael Sauthier, destacou que a localização do corpo confirmou as suspeitas da Polícia Civil em relação ao caso.

Sauthier garante que a localização do corpo empenhará ainda mais polícia à localizar o principal suspeito, o ex-companheiro Léu Vieira de Moura. “Só se confirmou o que a gente estava trabalhando. Pela dinâmica do caso, se acredita realmente que ela tenha sido morta no domingo de noite e na madrugada ele se mobilizou e premeditou para finalizar o crime. Queremos encontrá=lo para esclarecer toda essa situação”.

Medida protetiva

Em relação ao descumprimento da medida protetiva, o delegado esclarece que a vítima não havia voltado a procurar a Polícia Civil para registrar novas ocorrências, mesmo com o ex-companheiro “rondando” a casa. Nem as ameaças, que chegaram a ser enviadas pela mulher para o sobrinho, foram relatadas por ela.

Sauthier ainda utilizou dois casos semelhantes, registrados na semana passada, para reforçar a ágil atuação da Polícia Civil em casos de descumprimento da medida. “Semana passada ocorreram dois descumprimentos. Em um, a vítima comunicou a ocorrência no dia e, ainda durante a noite, já foi feita a ordem de prisão de um deles. No outro dia, às 6h, o cara estava preso”, comentou.

Solto no dia seguinte

Há 7 anos Lourdes tinha um relacionamento com Léu Vieira de Moura, de 55 anos, com quem tinha se separado após seguidos episódios de violência doméstica, que culminaram na prisão do homem em 19 de dezembro do ano passado.

Depois de preso, Léu foi liberado no dia seguinte pela juíza de Ivoti, Larissa de Moraes Morais, e uma medida protetiva foi dada à Lurdes. Nem assim ele desistiu do relacionamento, do qual não aceitava o término, e continuou fazendo ameaças à ex-companheira.

Léu não foi mais visto desde o desaparecimento de Lurdes e, mesmo com todas os indícios, a localização do corpo e o caso afunilando em Leu todas as suspeitas de crime, ele não buscou as autoridades para se defender das acusações e a Polícia Intensificará as buscas pelo suspeito.

Com 55 anos e uma extensa ficha de antecedentes criminais, ele possui passagens por estupro, direção perigosa, vias de fato, embriaguez ao volante, desacato, ameaça, roubo, por ilegal de arma e receptação, entre outros.

Léu saiu da prisão a cerca de um ano para cumprir pena em liberdade condicional e utilizava tornozeleira eletrônica. Não se sabe ao certo se ele teria tirado o equipamento de monitoramento antes ou depois de cometer o crime, ou se já havia tido a tornozeleira retirada pela Susepe.

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