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O “Alemão dos Morangos” que faz sucesso de vendas na sua bicicleta em Dois Irmãos

28/09/2020 - 14h24min

Atualizada em 29/09/2020 - 10h35min

Vilson Schallemberger vende morangos e seu diferencial é ir de bicicleta na casa dos clientes, além da sua simpatia. (FOTO: Cleiton Zimer)

Por Cleiton Zimer

Dois Irmãos – Ele não tem outra estratégia de marketing a não ser o seu sorriso no rosto e simpatia que são contagiantes e permitem uma reciprocidade sem igual. E é tamanho o reconhecimento que quando os moradores do Travessão escutam alguém de longe gritar “olha o morango, olha o morango”, já sabem que se trata de Wilson Schallemberger, 51 anos, que está passando pelo bairro, pedalando e com uma caixa de isopor nas costas para vender seu produto.

Conhecido também como o “Alemão do Morangos”, Wilson trabalha no ramo há cerca de cinco anos, junto com seu cunhado, sua irmã e mãe. “Todas as manhãs levantamos cedo. Minha mãe de 76 anos ajuda a limpar e colher os morangos”, conta ele, afirmando que começam a trabalhar as 6h e, no máximo, até 9h toda a colheita está feita; mas ao longo do dia ainda tem muito serviço.

Depois da colheita Wilson pega sua caixa de isopor; dentro dela coloca 18 quilos de morangos a qual leva nas costas. Ainda pega duas sacolas, com dois quilos em cada. Dessa forma, em cima da sua bicicleta, se dirige para as ruas do bairro Travessão e, de longe, anuncia sua chegada aos gritos mesmo; e a estratégia dá muito certo. As pessoas já abrem os portões das casas, esperando ansiosamente pelos moranguinhos do “alemão”, ou do “Wilson ” para fazer a sobremesa ou lanche.

As entregas são feitas de bicicleta, com o isopor sobre as costas (FOTO: Cleiton Zimer)

Nunca consegue atender todos

Ele conta que numa única ida nunca consegue passar por toda uma rua, tamanha a espera dos moradores pelos morangos e que logo compram toda sua “carga”. Ele atribui isso à qualidade da fruta, claro; mas não é só isso. “Sério mesmo, se eu fosse de carro não venderia tantos morangos aqui”, afirmou, admitindo que o principal ingrediente para seu negócio é justamente a simplicidade, ir de bicicleta na casa das pessoas, conversar com elas e oferecer algo de qualidade e de procedência.

Ou a pé

Dependendo o dia, do seu estado de espírito e vontade, Wilson vai a pé mesmo. Leva as caixas nos braços e anuncia a sua passagem pela rua. Da mesma forma, nunca consegue atender a todos os moradores. Explica que por isso toda vez que vai para o Travessão busca ir por um caminho diferente para, assim, num determinado tempo, conseguir atender a todos.

Questionado se não é pesado trabalhar dessa forma, conta que não e, além disso, destaca que já fez serviços mais exaustivos. “Num dia descarreguei quatro carretas de batata, sozinho, numa empresa onde trabalhava”.

Além do Travessão Wilson também vai para outros bairros, até para o Centro. “Só que lá eu tinha que cuidar muito, logo estão em cima”. Mas, agora, o produtor tem tudo legalizado. A produção fica no bairro mesmo. Além de ir para a rua vender, muitos clientes também vão diretamente para o local para comprar. “Eles vêm até de Porto Alegre e São Leopoldo”, diz.

Nas corridas diárias, seja para vender os morangos ou não, Wilson faz questão de ir de bicicleta. Questionado sobre o motivo, a resposta é simples: “porque gosto, me faz bem”.

Qualidade aprovada

Márcia e Raissa aprovam a qualidade dos morangos (FOTO: Cleiton Zimer)

Márcia Machado, 52 anos, é dona de casa e uma das clientes fixas de Wilson. Ela afirma que os morangos têm ótima qualidade e, por isso, sempre que passa na rua para vender compra os produtos. “O melhor morango da região é dele, sem comparação”, destacou, afirmando que um diferencial importante dele é justamente o carisma que tem.

Sua filha Raissa Machado, 15 anos, é quem aguarda ansiosamente pela chegada de Wilson e é consumidora fiel dos seus produtos. “Eu adoro esses morangos”, ressalta.

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