Parquímetros da Zona Azul cobraram a mais de motoristas em Nova Petrópolis

Nova Petrópolis – Com pouco mais de um ano em atividade, o estacionamento rotativo ainda divide opiniões entre os motoristas que precisam pagar para deixar seus carros nas ruas centrais do município. Não bastasse a insatisfação pelo pagamento, muitos ainda se queixam dos problemas que os parquímetros apresentam e, por vezes, da dificuldade em encontrar os monitores da empresa.

Porém, no último final de semana, o problema foi além. Morador do município, Marcel Marsilac conta que estacionou na zona azul para almoçar no sábado, 19, e, quando foi pagar no parquímetro próximo à Galeria do Imigrante, notou algo estranho. Ele havia inserido moedas na máquina, mas o valor não contabilizava. “Quando olhei, estava marcando apenas R$ 1,80, mas eu já havia depositado certamente mais de R$ 2,00”, conta.

O motorista resolveu refazer o pagamento e, desta vez, filmando para comprovar e na presença de funcionários da Zona Azul, depositou 10 moedas de R$ 0,10 centavos para chegar ao valor mínimo de R$ 1,00. Porém, na máquina estava contabilizando a metade, apenas R$ 0,50 centavos. No vídeo, compartilhado no perfil pessoal de Marsilac no Facebook, o funcionário comprova o erro e diz para ele ir até à empresa, mostrar o vídeo e pedir o reembolso. Algumas pessoas, nos comentários da postagem, relataram ter passado pelo mesmo problema.

Marsilac resolveu testar os outros equipamentos e constatou outros dois parquímetros com o mesmo problema, um próximo ao terminal rodoviário e outro ao lado do posto Ipiranga. Neste último, o valor contabilizado, também registrado na presença de um fiscal, era de R$ 0,60 centavos. Ele solicitou ao funcionário que interditasse o parquímetro, já que o problema estava comprovado, para que outras pessoas, principalmente turistas, não tivessem seu dinheiro indevidamente “engolidos” pelo equipamento. Mas o pedido não foi atendido.

Conserto

No domingo, segundo Marsilac, o problema persistiu com as máquinas somando errado, sempre para menos. E na segunda-feira, 21, pela manhã, os parquímetros seguiam errando na contagem das moedas de 10 centavos, tudo gravado para registrar e produzir provas para o processo que o motorista disse que irá ingressar. Contudo, após o meio dia, os equipamentos foram consertados e as moedas contabilizadas corretamente. Inclusive, de acordo com um dos funcionários, um outro parquímetro que não tinha sido citado pelo motorista, também apresentava o mesmo erro e foi arrumado.

A partir de janeiro, o morador disse que irá para a justiça e processará a Zona Azul e a atual Administração por, em suas palavras, não fiscalizar o rotativo como deveria fazer. “Os agentes do município deveriam, pelo menos uma vez por dia, testar os equipamentos. Quantas pessoas foram roubadas como eu fui? Quantos turistas? Eu fui roubado e os equipamentos não foram interditados. Quanto dinheiro a mais foi depositado?”, denunciou. Ele também explicou que só iniciará o processo em janeiro, pois agora ficaria parado devido ao recesso do judiciário.

“Não dou entrevistas”

O Diário procurou o supervisor da Zona Azul no município, Denis (não informou o sobrenome), para saber o que a empresa tinha a dizer sobre o ocorrido e como motoristas que foram lesados poderiam reaver seu dinheiro. No entanto, Denis, que confirmou ser o responsável por responder pela empresa, disse que não concede entrevistas.