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Picada Café e Nova Petrópolis: dois anos sem a tradicional Cavalgada da Serra, o maior movimento tradicionalista da nossa região
Picada Café/Nova Petrópolis – Foi no lombo de um cavalo que se iniciou uma história. E é, no lombo de vários cavalos, que no futuro os tradicionalistas pretendem reescrever essa que é tida a maior ação tradicionalista da região. Hoje os cavalarianos deveriam estar partindo do CTG Pousada da Serra, em Nova Petrópolis, rumo à Gramado, levando a cultura e a tradição, escrevendo a história e mostrando aos moradores e visitantes a verdadeira cultura gauchesca.
DOIS ANOS
A pandemia da Covid 19 afetou muitas entidades e culturas. O mesmo ocorreu com o tradicionalismo. O tradicionalista Cláudio Gottschalk, coordenou a Cavalgada da Serra por décadas. Ele afirma que o dia deveria ser para mostrar a cultura, mas que a pandemia fez frear a ação. “Tudo parou, quem tem cavalo precisa tratar, tem custo e não consegue usufruir”, destacou. Para Gotschalk, a cultura não vai terminar, mas sim, voltar ainda mais forte. “Jamais vamos deixar de cultivar essa paixão. Muito pelo contrário, deve servir para que todos possam se fortalecer e regressar no futuro com segurança e ainda mais amor a cultura”, descreveu.
A CASA EM SILÊNCIO
Quem também lamenta os dois anos sem Cavalgada da Serra é o patrão do CTG Encosta da Serra, de Picada Café. Ver a “casa dos gaúchos” fechada, em silêncio, desanima. “Mas, acima de tudo, fortalece como promotores da cultura. Fizemos questão de estar sobre o lombo de um cavalo e percorrer o maravilhoso trajeto que nossos valentes tropeiros faziam de Picada Cafe a São Chico há muitos anos atrás. Tivemos que dar uma trégua por causa da covid 19, mas torcemos que seja passageira”, frisa Douglas dos Santos. “Não podemos deixar morrer. A cavalgada nos dava essa condução de encontrar, confraternizar com o mais puro gauchismo, boas conversas, música e causos, além do bom chimarrão e churrasco de fundamento”, acrescentou.