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Preço da ração faz custos de avicultores dispararem – Parte 1
*por Fábio Radke
Morro Reuter – A disparada dos preços do milho e do farelo de soja estão tirando o sono dos avicultores de todo Estado. Os grãos que são base na alimentação das aves estão entre os vilões que aumentaram significativamente os custos de produção das granjas. E esses aumentos não ficam limitados a alta do trato, os insumos que complementam a alimentação das aves e os preços das embalagens também estão em alta, aumentando assim a preocupação dos produtores. Ainda existe um outro problema econômico. Caso os preços do frango e dos ovos aumentem nos supermercados, as proteínas podem perder o rótulo de opção mais acessível na mesa dos brasileiros, especialmente para famílias de mais baixa renda. As granjas da região, em sua maioria sediadas em Morro Reuter, afirmam que estão trabalhando com prejuízos. Os empreendedores estimam que, em média, um aumento de 15% no frango e de 20 a 30% nos ovos, seriam necessários para equilibrar as contas. Os riscos de redução de planteis e a aposta em novas culturas no Estado podem surgir como medidas para buscar reverter esse cenário.
Prejuízos
De acordo com a direção da Ovos J. Júnior, desde o julho do ano passado, a granja está trabalhando com uma realidade aonde os valores do produto final não conseguem superar os gastos. “Existe a possibilidade de diminuir o plantel de aves o que alteraria a oferta do produto no mercado aumentando assim o preço”, destaca o sócio da Ovos J. Júnior, Jenifer Utzig. Ela afirma ainda a exportação dos grãos nacionais devido à alta do dólar e as condições climáticas (período de seca e depois muita chuva) que afetaram a safra gaúcha, estão entre os fatores que refletiram os preços do milho e do farelo de soja. Hoje, a granja conta com um plantel de 100 mil aves que representam uma produção de 90 mil ovos ao dia.