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Prefeitos da região pedirão cloroquina ao Estado para tratamento precoce da Covid-19

11/07/2020 - 13h44min

Atualizada em 11/07/2020 - 13h56min

Por Cleiton Zimer

Dois Irmãos / região – Em uma reunião realizada entre os prefeitos da Amvars na sexta-feira, dia 10, foi decidido que os municípios pedirão que o Estado forneça hidroxicloroquina para tratamento precoce contra a Covid-19. O anúncio foi feito pela prefeita de Dois Irmãos e presidente da Associação, Tânia da Silva, na noite de ontem durante live no Facebook da prefeitura. A decisão fui unânime, somente São Leopoldo não se manifestou. Também foi decido recomendar medicamentos “fora da bula” que, assim como a cloroquina, não possuem comprovação científica contra o novo coronavírus.

O tratamento precoce divide muito a classe médica. Tem alguns que acreditam, os que ficam receosos e outros que aderem. O tratamento precoce é aquele em que nos primeiros dias dos sintomas gripais se entra com certas medicações. É a cura do Covid? Não, não é a cura. Tem provas científicas? Não tem”, ressaltou Tânia

Ela afirma que alguns estados e municípios fizeram o uso do medicamento e “diminuíram as internações hospitalares e a ocupação de leitos”. Tânia reforça que o vírus está circulando e, por isso, o tratamento precoce alternativo é uma possibilidade. “Nada substitui o atendimento médico e paciente. Nós prefeitos e prefeitas não somos médicos, nós não receitamos. A nossa obrigação é de prover o medicamento. Mas o médico é quem vai avaliar o paciente, ver a dosagem que ele pode tomar ou não, pois depende de pessoa para pessoa”, destacou, deixando claro que “nós não podemos, jamais, obrigar um profissional que estudou anos e anos a prescrever uma medicação. Mas, o que nós estamos fazendo é solicitando ao governo do Estado que nos forneça cloroquina”.

A presidente da Amvars destaca que segundo informações o uso desses medicamentos é uma recomendação do Ministério da Saúde. “Mas é uma recomendação, não protocolo. Porque se olhar na bula não vai estar escrito que trata Covid-19. Por isso é um tratamento precoce alternativo e que tem dado certo em muitos lugares”, afirmou. Também comenta que possuem informações de que o governo federal já disponibilizou o medicamento ao Estado. “Porém esses medicamentos não chegaram nos nossos municípios. Nós temos recursos, só que nós não conseguimos mais nenhum fornecedor, nenhum fabricante. É uma coisa surreal o que está acontecendo. E isso é em todos os municípios”, disse Tânia.

Ela reforça que farão esse pedido ao Governador, para que os médicos e pacientes tenham direito de optar por se querem ou não usar. “O paciente vai ter que assinar consentido o uso da medicação, estando ciente que pode ter efeitos colaterais, estando ciente do que pode acontecer usando esse tipo de tratamento”, explicou.

Tânia frisou que a cloroquina não representa a cura da Covid-19. “O que queremos é ter nas nossas farmácias públicas a oferta desses medicamentos, e que seja feita a prescrição médica junto com o paciente para ver a opção do tratamento”, disse.

Tânia conclui pedindo que as pessoas sigam os protocolos e, principalmente evitem aglomerações. “Eu acho inacreditável, mas tem pessoas que sabem que tem Covid e vão no supermercado e visitam familiares. Isso beira a ser desumano. Você saber do seu diagnóstico e não fazer isolamento social, que palavras nós podemos usar para esse tipo de pessoas? Egoísmo? Falta de amor ao próximo? Porque falta muita responsabilidade. E por mais que vocês não queriam acreditar em Dois Irmãos acontece isso”, disse.

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