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Principal delator contra facção Bala na Cara é assassinado
Um dos principais delatores relacionado às investigações da Polícia Civil e Ministério Público, referentes a crimes cometidos por facções criminosas na região metropolitana de Porto Alegre, foi assassinado com 15 tiros em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Douglas Gonçalves Romano dos Santos, o Magrão, fazia parte da facção Bala na Cara, e desde 2017, cooperava com a Justiça Gaúcha na resolução de mais de 60 assassinatos cometidos pelo grupo. Ele fazia parte do programa de proteção à testemunha e morou em diversos pontos do Brasil para se esconder da vingança dos ex-parceiros de crime.
Seu esconderijo, no entanto, chegou ao fim neste carnaval. A última morada de Magrão foi o bairro Pinheiros. Por volta das 21h30 deste domingo, 23, Magrão estava chegando em casa através de um carro de aplicativos, quando foi surpreendido por indivíduos no interior de outro veículo que estava estacionado, que imediatamente efetuaram os disparos.
Ameaçado, procurou a polícia
Foram pouco mais de dois anos de delação junto à Justiça Gaúcha. Magrão foi gerente da facção e nome de confiança de um dos principais líderes do grupo, José Dalvani Nunes Rodrigues, vulgo Minhoca, até 2017. Após receber ordens para assassinar um colega de facção, Magrão desconfiou que pudesse estar na lista de execuções de Minhoca, e acabou procurando proteção junto às forças policiais.
A partir daí se iniciou a maior investigação contra a facção no Estado. O processo envolvendo a cooperação de Magrão estava em audiências e colhimento de depoimentos dos réus e testemunhas. Magrão era considerado o principal fornecedor de informações sobre os atos do Bala na Cara, em especial na região metropolitana de Porto Alegre.