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Ronaldinho Gaúcho e Assis são investigados por lavagem de dinheiro

07/03/2020 - 17h41min

Atualizada em 07/03/2020 - 19h03min

TV local acompanhou o momento em que Ronaldinho e Assis chegam ao fórum para audiência (IMAGEM: ABC TV)

Paraguai – Após passarem a noite na prisão e chegarm algemados para prestarem depoimentos neste sábado, 7, Ronaldinho Gaúcho e Assis devem permanecer na prisão. O promotor do caso pediu que se mantenha  prisão preventiva dos dois devido ao “risco de fuga” ao Brasil dos irmãos Moreira.

A manutenção da prisão dos ex-atletas do Grêmio se deve a uma investigação muito maior do que o “simples” fato de terem entrado no País com documentos falsos. Conforme o periódico El Idependiente, Ronaldinho e Assis podem estar envolvidos com uma rede de corrupção e lavagem de dinheiro.

O que reforça essa tese é o fato de que a empresária que contratou Ronaldinho para a inauguração de um cassino – o que motivou sua ida ao Paraguai – é investiga por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Dália López, aliás, teve um pedido de prisão preventiva aceito pela Justiça há cerca de uma hora, por volta das 17h30 deste sábado, conforme o Ministério Público do Paraguai.

Conforme GaúchaZH, Dália, que vive no interior do Paraguai, é representante da Fundación Fraternidad Angelical, ONG destinada a dar assistência de saúde a crianças pobres. Entre outros eventos, os gaúchos iriam participar da inauguração do cassino “Il Palazzo”, na cidade de Lambaré, que fica próximo a Assunção. A casa de jogos tem mais de 200 máquinas caça-níqueis. Ela pertence, nominalmente, a Nelson Belotti, da empresa NB Entertainment S.A.

Outra evidência de que Ronaldinho está na mira por lavagem de dinheiro se deve pela troca de promotores do caso. Ontem, o caso foi transferido para uma promotoria especializada em investigar crimes de lavagem de dinheiro. Foi o titular deste órgão que solicitou a prisão preventiva dos irmãos Ronaldinho e Assis.

Na audiência ocorrida hoje, a defesa dos ex-jogadores alega que Assis possui um problema no coração e que precisa voltar ao Brasil para cuidados médicos, porém, não apresentou exames ou atestados exigidos pela lei paraguaia. Os advogados também tentaram, mas sem sucesso, transformar o caso em prisão domiciliar.

Segurança máxima

Assis e Ronaldinho passaram a noite em uma cela da Agrupación Especializada da Polícia Nacional, presídio considerado de segurança máxima e que já foi “casa” de Marcelo Piloto, um dos chefes do Comando Vermelho. Os irmãos chegaram ao Paraguai na última quarta-feira, 4, quando apresentaram os documentos e foram detidos.

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