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Secretário Martinelli ao ser preso: “Pode fotografar porque sou inocente”
Estância Velha –A Polícia Civil deflagrou a Operação Anamnese na manhã desta terça-feira, 14, que investiga um esquema fraudulento envolvendo servidores públicos e empresários ligados a Clínica Previne.
Um dos alvos da investigação, o secretário de Saúde licenciado, Mauri Martinelli, foi o primeiro servidor público a ser interpelado pelos agentes. Duas viaturas da Polícia Civil chegaram na residência às 6h56, com quatro agentes da Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária (DEAT).
Eles arrombaram o cadeado do portão com um alicate, se aproximaram da porta de entrada e bateram contra o batente, anunciando sua chegada e ordenando a abertura da porta. Os agentes aguardaram cerca de dois minutos até o morador liberar a entrada. Os policiais portavam mandados de busca e apreensão, além da ordem de prisão preventiva para o secretário. A ação durou 30 minutos.
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“Sou inocente”
Ao sair da residência escoltado pelos policiais a caminho da viatura, Martinelli conversou rapidamente com a reportagem do Diário. Ao perceber a presença do repórter, o secretário afirmou: “Pode fotografar. Não tem problema. Eu sou inocente”. Aparentemente calmo, ele foi questionado sobre a razão de sua prisão, se limitando a responder que não sabia o motivo. Sobre as acusações levantadas pela operação – crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, fraude licitatória e associação criminosa – novamente o secretário afirmou não saber do que se tratava.
Em torno de 60 policiais, participam da operação Anamnese, desde as 7 horas de hoje, com o objetivo de cumprir 10 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão temporárias contra pessoas suspeitas de terem envolvimento no esquema que provoca um rombo milionários nas contas da Prefeitura de Estância Velha.
Além de buscas e apreensão nas sedes da Prefeitura, secretaria de Saúde local e residência, também são cumpridas medidas judiciais nos municípios de Dois Irmãos, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Mostardas e Pelotas. Os investigados foram conduzidos para a Delegacia do DEIC em Porto Alegre.