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Setor calçadista de Herval volta a ficar otimista e projeta crescimento

16/09/2020 - 11h24min

Atualizada em 16/09/2020 - 14h34min

A situação se mantém estável trazendo otimismo para o retorno do crescimento (Créd. Cleiton Zimer)

Por Cleiton Zimer

Santa Maria do Herval – Após meses enfrentando um cenário desafiador e incerto diante da pandemia, as fábricas de calçados do município estão gradativamente recuperando um pouco do seu fôlego mediante o retorno dos demais setores econômicos, fazendo com que a roda volte a girar aos poucos.

De acordo com o Sindicato dos Calçadistas no mês de agosto o Herval estava com 837 funcionários na categoria, tendo 34 desligamentos e, ao mesmo tempo, 26 admissões; isso significa que mesmo demitindo e funcionários pedindo demissão, acontecem também as admissões praticamente na mesma proporção. Esse é um cenário mais satisfatório do que no início da pandemia, quando, até março, haviam sido registradas 134 demissões – 120 admissões haviam sido feitas desde o início do ano diante das perspectivas anteriores ao vírus.

Ainda de acordo com o Sindicato, o setor está se recuperando lentamente e a perspectiva é de que melhore gradativamente nos próximos meses. A entidade sindical afirma que aos poucos novos pedidos estão entrando e, com isso, as programações já mudam para um cenário mais positivo.

A situação, dessa forma, se mantém estável, trazendo otimismo para o retorno do crescimento no setor. Essa projeção traz perspectivas também para o comércio e demais empreendedores, que dependem da estabilidade na renda das pessoas para manter os estabelecimentos em funcionamento e, por conseguinte, expandir.

Melhoras em outros setores

Outros segmentos econômicos do município também estão reagindo positivamente, contratando mais funcionários e expandindo sua cadeia de produção, como no caso do Frigorífico Boa Vista e, também, construção civil – que atua em outras cidades da região. O setor primário, que é o que mais traz retorno de ICMS para o Herval, está se abrindo para mais empreendimentos com a construção de novos aviários pelo interior, fomentando, além da economia local, a renda das famílias.

O calçado no Herval

Segundo os dados do Sindicato, no auge da expansão do setor calçadista entre os anos de 1995 e 1996, as fábricas do município chegaram a ter aproximadamente 1.800 funcionários no setor, subdivididas em indústrias e atelieres – além de terceirizados – desde a parte central do município indo até as localidades do interior, contribuindo para a sua expansão.

Hoje comportam menos da metade disso. No final do ano passado, o Herval contava com 912 colaboradores na categoria e, agora, com os dados de agosto, está em 837 funcionários.

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