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TEMPO: junho terá chuva abaixo da média e frio deve se intensificar

02/06/2020 - 09h15min

Região – O mês de junho iniciou ontem e já dá indicativos de que terá temperaturas baixas na Encosta da Serra. Além disso, outro prognóstico dá conta de que o a chuva será abaixo da média em toda a região, mesmo após um mês com grande acumulado como ocorreu em maio.

Conforme Nilson Wolf, chefe da Estação Meteorológica de Campo Bom, em prognóstico preliminar, a precipitação será de cerca de 60 a 70 mm, abaixo da média de 134 mm para junho. “Este mês será frio e seco, ajuda a inibir a formação de nuvens de chuva. Este fato indica que em junho teremos menos precipitação que a média para o mês”, destacou.

Apesar da previsão de queda no acumulado, a chuva deverá dar as caras já nesta semana, mas com precipitações abaixo das registradas durante o mês de maio. “Teremos chuva já nesta quinta e sexta-feira, com volume considerável, entre 15 e 20 mm. Já é uma precipitação razoável, considerando que choverá abaixo da média em junho”, completou.

Frio se intensifica

Ainda de acordo com o meteorologista, o mês será marcado pela queda considerável na temperatura. Ontem, segundo Wolf, foi registrada a tarde mais fria do ano, com apenas 15 ºC. “A tendência é de que o frio se intensifique bastante em junho. Sempre tem possibilidade de temperaturas muito baixas ou até negativas neste período. Se isso ocorrer, a previsão é de que seja na segunda quinzena do mês”, contou.

Maio acima da média

Ao contrário dos prognósticos para junho, maio terminou com uma precipitação bem acima da média. Dos esperados 120 mm para o mês, Wolf registrou um acumulado de 167 mm, sendo grande parte desta chuva ocorrida na segunda quinzena de maio. “Não dá para dizer que a estiagem acabou. Depende da continuidade desta chuva”, relatou à época.

Correndo atrás do prejuízo

Em Ivoti, o extensionista responsável pela Emater, Rodrigo Sasso, alerta que a previsão de um mês frio e ainda com chuvas que, para o período ainda estarão abaixo da média, é importante fazer o devido trato do solo e apostar nas culturas de estação. “Recomenda-se duas práticas: fazer a correção da fertilidade do solo, conferindo a acidez, e realizar o cultivo das plantas de inverno, para melhorar as condições do solo, implantando mais matéria orgânica, que resiste a falta de chuva”, aponta.

Algumas práticas mecânicas também são recomendadas neste período, como o terraceamento de lavouras, para evitar a erosão e estimular a conservação da água da chuva no solo. “É importante fazer o plantio de cobertura de inverno, como aveia e centeio”, também destaca.

Questionado se o clima pode trazer alguns benefícios que a estiagem acabou tirando dos produtores, Sasso informa que as chuvas recentes que contemplaram as culturas de verão não tiveram impacto na sua recuperação. “Porque estas precipitações são favoráveis às culturas de inverno, que pegam o período frio e na sequência o calor, para em seguida retornar a baixa temperatura. Estas chuvas só vão impactar os cultivos de inverno mesmo”, finaliza.

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