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“Tive medo de perder ele”, diz mãe de menino engasgado salvo pelos Bombeiros de Ivoti
Ivoti – O pequeno ivotiense Léo Henrique, de apenas quatro dias de vida, morador do bairro Morada do Sol, passou por um enorme susto na manhã de sábado, 19. A mãe dele, a autônoma Patrícia Baldissera de Linhares, 26 anos, da mesma forma, pediu e obteve a ajuda rápida e precisa do Corpo de Bombeiros de Ivoti para salvar seu filho, que havia se engasgado com leite materno.
Do outro lado da linha, estava o bombeiro voluntário Yan Alves Nunes, 23 anos, que instruiu, primeiramente, que a mãe realizasse a chamada Manobra de Heimlich, método-padrão de desobstrução das vias aéreas. Há quatro anos e meio na corporação ivotiense, foi o primeiro atendimento do tipo realizado por ele.
A guarnição havia se deslocado para realizar um corte de árvore. Além de Yan, havia no quartel apenas o também bombeiro voluntário Sandro Fagundes, que estava de folga, mas tinha passado no local para cumprimentar os colegas. “Falei para ela colocar o peito na mão dela, deixar os pés mais altos que a cabeça, dar uns tapinhas de leve nas costas dele”, conta Yan.
Antes de ligar, Patrícia tentou ela mesma executar o procedimento, já que, em outra oportunidade, havia dado certo. “Quando vi que não estava funcionando, entrei em desespero. Aí logo me veio na cabeça os Bombeiros, então peguei o telefone e liguei apavorada. O rapaz me atendeu super calmo e me instruiu cada passo de como fazer a manobra para desengasgar”, disse a mãe.
“Sentimos gratidão a Deus e às pessoas que fazem este trabalho incrivelmente lindo. Eles foram nossos anjos”
O procedimento, em um primeiro momento, que incluía movimentos que ela não conhecia, funcionou, e o menino começou a chorar. O pai do menino, Djeison Henrique Eckhardt, 29 anos, não estava em casa, pois estava trabalhando. Pouco tempo depois, Patrícia notou que o menino continuava com dificuldades de respiração, e levaram Léo até o quartel.
Os bombeiros Yan e Sandro realizaram mais algumas vezes o procedimento, e o menino se recuperou completamente. Depois, os avós foram instruídos a levar Léo até o Hospital São José, onde havia nascido, para avaliação clínica de um pediatra. “Decidimos deixar ele um pouquinho em observação, e dei de mamar porque ele ficava procurando o peito com a boca”, diz Patrícia.
“Deus me colocou no lugar certo, e na hora certa”
Sentimento de gratidão pelo bom trabalho
A consulta médica mostrou um Léo Henrique forte e saudável. “Ele foi super bem atendido e está muito bem também, mas estamos com os cuidados dobrados na hora de arrotar e tudo o mais”, comentou a mãe. No sábado de noite, os Bombeiros entraram em contato para saber se estava tudo bem com a criança.
“Quero ressaltar o atendimento dos Bombeiros, porque por um momento tive medo de perder ele realmente e ver ele voltando todo ativo para casa, não tem palavras. Sentimos gratidão a Deus e às pessoas que fazem este trabalho incrivelmente lindo. Eles foram nossos anjos”, se emociona Patrícia. Ela e Djeison são também pais de Flávia, de um ano e quatro meses.
Sandro, de 45 anos, o bombeiro voluntário que estava de folga, porém estava no quartel no momento da ocorrência, é membro da corporação em Ivoti há dois anos. Ele também atua como socorrista voluntário no Grupo Resgate e Vida, de Cachoeirinha, por isso é experiente em salvamentos do tipo.
“Deus me colocou no lugar certo, e na hora certa. Sempre que posso, passo no quartel, que é um espaço familiar. Aqui é minha segunda casa. E é muito bom a população saber que estamos preparados para atender qualquer ocorrência, os voluntários e também os militares”, afirma o bombeiro voluntário.