Destaques

Trecho requer cuidado e atenção entre Morro Reuter e Picada Café

09/06/2020 - 09h30min

IMAGEM IMPACTANTE: No acidente de semana passada, moto se despedaçou e vítima morreu no local, em Picada São Paulo (Cred. MELISSA COSTA)

Morro Reuter/Picada Café – Infelizmente, no período entre fevereiro e maio, foram registrados vários acidentes de trânsito graves no trecho da BR-116 entre Morro Reuter e Picada Café. Equipes de socorro de Dois Irmãos, Picada Café e Nova Petrópolis deram o primeiro atendimento a diversas vítimas entre a vida e a morte após colisões, na sua maioria, com envolvimento de motociclistas. Com menor proteção do que em um veículo, normalmente as vítimas da moto ficam em estado mais grave ou são a maioria a não sobreviverem aos impactos. Quase todas as colisões mais graves ocorreram aos finais de semana, conforme aponta o quadro abaixo com as principais ocorrências e mortes no trecho nesse período.

“Percebemos que sábado e domingo são os dias mais

movimentados e também com mais excesso de velocidade”

Em cada acidente que ocorre, moradores das proximidades clamam e chamam a atenção para os cuidados na direção. Entre os quilômetros da divisa de Morro Reuter e Picada Café, a velocidade permitida é de 60km/h. Em alguns locais, pedaços de veículos e motos nas laterais anunciam graves colisões ocorridas. Há dois anos, Clarice Land, 57, tem um comércio às margens da rodovia no Morro Bock, em Picada Café. “Durante a semana, o trânsito flui até que normalmente. Há quem dirija muito rápido, mas percebemos que sábado e domingo são os dias mais movimentados e também com mais excesso de velocidade. Ficamos receosos em ficar perto da BR, pois acompanhamos os acidentes e não sabemos se a qualquer hora isso não irá acontecer na frente da nossa casa ou comércio”, disse ela.

RISCOS A TODOS

“Todos precisam respeitar mais a vida e as estradas”

Duas irmãs que residem às margens da Br-116, em Picada São Paulo, e que preferem não ser identificadas, contam que há muita imprudência por parte de motoristas, principalmente aos finais de semana. “Sábado e domingo é terrível em dias de sol. Freadas e aceleradas já podem ser ouvidas logo cedo, antes das 8 horas. Ficando na frente da nossa casa, é possível flagrar imprudências quase o dia todo. Veículos ultrapassando onde não pode e excesso de velocidade de carros e motos. Por diversas vezes, já vimos motociclistas de pé na moto dirigindo”, contou ela, lamentando que os imprudentes não colocam somente a própria vida em risco, mas também de outros condutores e até de moradores às margens da BR. “As estradas podem apresentar problemas e pontos perigosos, mas as pessoas precisam ser conscientes. Quando alguém anda ‘voando’ coloca a própria vida em risco, mas também de outras pessoas, que poderão morrer sem ter nenhuma culpa. Todos precisam respeitar mais a vida e as estradas”, completou uma delas.

ALGUNS ACIDENTES GRAVES E MORTES

 29 de fevereiro – Um casal de motociclistas ficou gravemente ferido ao sair da pista e ser arremessado dentro de um açude às margens da rodovia, no km 204, no Morro Bock. Eles seguiam no sentido interior/capital, por volta das 8h40, quando saíram da pista e ambos sofreram fraturas nas pernas e demais ferimentos pelo corpo. O condutor ficou em estado ainda mais grave, pois além da queda no açude, ficou enrolado em fios de arame farpado, que cercava a propriedade.

29 de fevereiro – Em outra saída de pista, no mesmo dia, à noite, mãe e filha ficaram feridas. A mãe tripulava uma moto e também perdeu o controle da direção e, além dela, se feriu a filha de 12 anos. O acidente ocorreu no km 203, na altura do Morro Bock.

06 de março – O motociclista Elzio Martins Sanches, 59 anos, morreu após perder o controle da direção, sair da pista e atingir a proteção lateral. O acidente ocorreu no km 206, na altura do Morro Bock. Ele chegou a ser socorrido com vida, mas morreu no hospital de Nova Petrópolis.

28 de março – Em um trecho um pouco mais distantes, ainda em Picada Café – mas mais próximo de Nova Petrópolis, foram registrados dois graves acidentes em um período de apenas 20 minutos. Três pessoas morreram nesses dois acidentes. Em um deles, um motociclista atingiu uma caminhonete. Carlos Eduardo Rech, 38 anos, foi socorrido em estado gravíssimo e morreu ao dar entrada no hospital de Nova Petrópolis. Já por volta das 15h, no km 192, ocorreu uma colisão frontal entre moto e carro. Mãe e filho, que estavam na motocicleta, morreram. Maria Teresinha de Miranda, 57 anos, morreu logo após dar entrada no hospital de Nova Petrópolis. O filho, Leonel Miranda Celestino, 34, que pilotava a moto, morreu no hospital de Caxias do Sul.

17 de maio – Por volta das 10 horas, um motociclista de 22 anos perdeu o controle da direção, saiu da pista e atingiu a proteção lateral (guard-rail), na altura da Picada Holanda O rapaz ficou gravemente ferido e foi socorrido ao hospital de Nova Petrópolis.

30 de maio – Um grave acidente resultou na morte de um motociclista no km 211, na altura de Picada São Paulo, em Morro Reuter. Leandro Antônio Valim de Oliveira, 49 anos, morreu no local após bater violentamente na traseira de um Civic. Com o forte impacto, a moto se despedaçou e o veículo parou somente depois de atingir a cerca viva de uma residência. Informações dão conta que os dois seguiam no mesmo sentido. No carro, estavam o motorista, um adolescente e uma criança, todos passam bem.

Copyright© 2020 - Grupo o Diário