Por Cleiton Zimer

Estância Velha / Dois Irmãos – A Polícia Federal prendeu um homem em Estância Velha na manhã desta quarta-feira, 25, durante a Operação Vita Continuat que apura crimes de lavagem de dinheiro de grupo investigado na Operação Egypto, a InDeal de Novo Hamburgo, que captou mais de R$ 1 bilhão de investidores através de uma espécie de banco, sendo investigada por pirâmide financeira ilegal de criptomoedas.

Os policiais federais também cumpriram um mandado de busca e apreensão de documentos em Dois Irmãos. Ao todo, foram expedidos cinco mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão, nas cidades de Dois Irmãos, Estância Velha, Florianópolis (SC), São Paulo e Suzano (SP), buscando por suspeitos de ajudar na ocultação do patrimônio milionário da InDeal.

Até o fechamento dessa reportagem haviam sido cumpridos quatro mandados de prisão, além de apreensão de documentos, o que era o foco da ação. As outras três prisões ocorreram em Florianópolis (1) e São Paulo (2). Mais informações não foram divulgadas até o momento. 

Ocultação de patrimônio

De acordo com a PF, a investigação indica manobras para ocultação de patrimônio por sócios da principal empresa investigada na Operação Egypto, ocorridas após a deflagração da ação em maio de 2019.

Dados coletados em análises de documentos e mídias apontaram que alguns dos sócios mantiveram negócios com patrimônio em nome de terceiros, bem como buscaram acesso ao capital acumulado antes da primeira fase da Operação Egypto.

Novos suspeitos foram identificados como parceiros de negócios com os já réus da ação penal da Operação Egypto e, agora, terão seus negócios investigados quanto à licitude.

Lavagem de dinheiro e organização criminosa

Os investigados na Operação Vita Continuat poderão responder, de acordo com a participação individual, pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os bens e valores identificados na investigação serão colocados à disposição da Justiça Federal.

 

“Vida que segue”

O nome da operação – Vita Continuat – é um termo em latim que significa “vida que segue”. O nome da operação faz referência ao fato de que os envolvidos na Operação Egypto seguiram usufruindo dos seus recursos ilegais.