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Grêmio sofre mesmo com rodízio e vê time mudar padrão em campo
O Grêmio que perdeu por 2 a 0 para o Flamengo, no Maracanã, manteve rodízio de jogadores em busca de fôlego e intensidade, mas viu o time mudar sozinho justamente por conta disso. A dois jogos do encerramento da temporada, a equipe luta contra o desgaste de uma agenda cheia e tem pago a conta com queda de rendimento e até alteração na postura em campo.
No primeiro tempo contra o Fla, o Grêmio errou mais passes e também foi pouco agressivo. O rendimento melhorou um pouco depois do intervalo, mas seguiu bem longe do padrão da equipe.
“Não foi estratégica (a postura do time), não. Inclusive chamei atenção deles no intervalo. Nosso time estava muito estático, tocava a bola e esperava. O Flamengo estava diferente. A gente não teve movimentação e ficou fácil para o Flamengo nos marcar. Não saímos de trás… Eu vi isso com 10 minutos de jogo, tentei corrigir ainda no primeiro tempo e não deu”, disse Renato Gaúcho.
O time estático viveu de lançamentos longos de Jean Pyerre ou ganhando metros com bolas paradas. Até Everton, sempre elétrico e protagonista da fase ofensiva do Grêmio, ficou abaixo.
“A gente tentou jogar, tentou impor nosso ritmo, mas não conseguimos. O Flamengo fez o primeiro, depois eu até tive a chance e o goleiro defendeu”, comentou Geromel.
A escalação diante do Flamengo foi pensada com antecedência. Diante da Chapecoense, no domingo, Matheus Henrique sequer foi usado por estar pendurado. O camisa 32 saiu jogando no Maracanã, mas não foi bem. Cícero e Maicon ficaram de fora, enquanto Ramiro e Jael voltaram. A decisão de rodar o elenco em busca de mais resistência já havia sido antecipada por Renato depois da queda na semifinal da Libertadores.
O Grêmio volta a campo no domingo, em Salvador, contra o Vitória. Uma semana depois, fecha o ano diante do Corinthians, em Porto Alegre. Com 62 pontos, o time ainda luta com o São Paulo por vaga no G4 e consequente classificação direta à fase de grupos da Libertadores.