Duas mulas são as companheiras de trabalho do agricultor Celso Stoffel

Dois Irmãos – O agricultor Celso Affonso Stoffel, 63 anos, morador do Vila Rosa é um exemplo de homem que sempre trabalhou na roça e, mesmo enfrentando as dificuldades, segue firme na atividade. Casado com Nair Lucia Kuth Stoffel, tem três filhos e seis netos. Entre as tarefas de Celso está a cultivo de cana para o trato dos animais, milho, aipim, feijão, acácia, aipim, verdura, fazer schmier de cana, entre outras.

Stoffel conta que as terras onde planta estão com sua família há mais de 100 anos e dela já saiu muito alimento para Dois Irmãos e região. “Antigamente a gente plantava muita batata e cebola. Era meu pai, meus irmãos e meus tios que trabalhavam na época. Quando eu era novo até pensei em ir trabalhar em fábrica de calçados, mas tinha muito serviço na lavoura e meu pai não quis que eu saísse”.”, afirma.

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Uma das queixas do agricultor é que o preço dos produtos está baixo. “Pelo trabalho que dá para produzir, poderia valer um pouco mais. Hoje dá para viver como agricultor, mas é preciso trabalhar bastante. Não tem folga e nem férias. Isso não é novidade. Nunca foi fácil”. Para ter renda o ano todo, o agricultor procura diversificar as culturas.

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Seu Stoffel e as mulas

Celso ressalta que o trabalho na lavoura é desgastante e cada vez menos gente quer se dedicar a ele. “Hoje estou sozinho. Tive que reduzir bastante o serviço porque não dou

conta de tudo. A agricultura judia bastante o corpo, em especial a coluna”. As suas únicas companheiras de serviço na lavoura são as mulas que possuem o mesmo nome “Peão”.  Ele até explica o motivo: “Peão a gente chama aquela pessoa que trabalha ajudando os outros na lavoura. Como as mulas são minhas companheiras de lida, elas são chamadas assim”.

(foto: di colono mulas rs               Crédito: Rogério Savian)

<LEG> Celso e suas mulas, companheiras de serviço.

(foto: di colono mandioca rs       Crédito: Rogério Savian)

<LEG> O trabalho do agricultor força bastante a coluna.