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Empresários do ramo cervejeiro relatam os desafios e perspectivas

25/08/2020 - 07h00min

Atualizada em 25/08/2020 - 09h01min

A expectativa é que o mercado se fortaleça a partir de outubro ou novembro. (Foto: Arquivo/Divulgação)

Por

Rogério Savian

Mauri Marcelo Toni Dandel

Região – Dando contínuidade à série de reportagens com empresários ligados ao ramo cervejeiro, Fernando Neumann, um dos sócios na Cerveja Artesanal Triberg, conta que o primeiro sinal da pandemia no setor foi o cancelamento dos eventos e o fechamento dos bares, que comportam a maior parte dos clientes da marca. Isso foi mais no início da pandemia.  Mais tarde, a empresa começou a trabalhar alternativas, como o ‘growler’, com uma campanha para as pessoas comprarem e levarem para tomar em casa. “Outra coisa que a gente fez e deu muito certo foi o ‘delivery’ com barril pequeno (10 e 20 litros). Acabamos nessa proposta deixando as pessoas ficarem com a chopeira por mais dias em casa sem custo a mais”, explica. Outras alternativas foram as promoções, o que fez crescer as entregas diretamente nas casas dos clientes, que contribuiu bastante para aumentar a saída do produto. “É claro que a gente teve uma redução de receita porque além de vender menos, baixamos o preço”, destaca o sócio, lembrando que, naturalmente, o consumo durante o inverno tende a diminuir. Ele acredita que nos próximos meses a situação vai melhorar com o desenvolvimento de vacina e a chegada do verão. Por isso espera que o mercado se fortaleça a partir de outubro ou novembro. “Fica também um grande legado dessa pandemia para as cervejarias. A gente se remodelou, como o growler, que é uma coisa que veio para ficar”, finaliza.

RETOMADA

“Hoje a gente vende muito menos do que antes da pandemia. Mas também se criaram outras alternativas, introduzimos promoções, sorteios, investimos num marketing totalmente diferente para manter as vendas e não parar por completo e isso nós alcançamos”, destaca Fernando, explicando que foi enfrentando estas dificuldades comuns às demais cervejas artesanais, se mantendo no mercado, dentro desse novo normal.

Segundo ele, não há como ter uma visão concreta do que vai acontecer. “Dentro da cadeia turística temos uma grande dificuldade atualmente por causa da questão das bandeiras que toda semana mudam”, frisou, destacando que, para o futuro, quando a pandemia passar, pode-se prever uma retomada rápida. “Temos uma demanda reprimida de pessoas que estão em casa há muito tempo e que vão querer sair”, acredita.

 

Nota: Na matéria de ontem, Hunsrück e Edelbrau; na de amanhã, a série continua com mais cervejarias, entre elas, a Qüera.

 

 

 

 

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