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Pandemia já demitiu mais de 28 mil pessoas no calçado brasileiro

05/05/2020 - 18h55min

Atualizada em 06/05/2020 - 09h29min

Calçado brasileiro sofre com demissões desde o início da crise do coronavírus (Créditos: Divulgação/Abicalçados)

Novo Hamburgo – O setor calçadista brasileiro já perdeu, desde o início da pandemia, 28,4 mil postos de trabalho, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). Os dados foram atualizados na terça-feira, 5. De acordo com a associação, o estado de São Paulo lidera as perdas de emprego, com 9,8 mil, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 7,7 mil, e Minas Gerais, com 5 mil.

Também conforme o levantamento da Abicalçados, 73% das indústrias do segmento já retomaram às atividades, porém apenas 6% com produção integral. Com a atual crise, a associação, que no final do ano passado projetava crescer 2,5% em 2020, agora acredita que o setor irá cair 29% neste ano.

Entre os principais motivos apontados, estão o fechamento praticamente integral do varejo brasileiro, bem como o avanço da pandemia nos Estados Unidos, maior mercado para o calçado nacional. Mesmo com a adoção da MP 936, que suspende contratos de trabalho, o setor deverá perder mão-de-obra, como já vem ocorrendo. “Sem novos pedidos, infelizmente, as empresas não têm conseguido manter o quadro de funcionários”, afirma o presidente da Abicalçados, Haroldo Ferreira.

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