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“Era a profissão que minha mãe queria para mim”
Marlene atende no bairro União, em Dois Irmãos
Por Carla Fogaça
Dois Irmãos- A costureira Marlene Ellwanger, 61 anos, trabalha com consertos há 18 anos e recentemente com confecção de roupas, mas bem antes desta época a profissão, que exerce, já era incentivada pela mãe. “Era o que minha mãe queria para mim, mas eu, na época, não queria, meu sonho era contabilidade e trabalhar em escritório”, conta Marlene.
Ao passar dos anos, ela mudou de Santa Catarina para Porto Alegre, onde trabalhou como cuidadora de um casal de idosos. Casou com um morador de Dois Irmãos e mudou para a cidade. “Trabalhei em fábrica e depois ela fechou e já tinha dois filhos, então decidi começar a trabalhar de casa”, relembra.
No começo, Marlene apostou na fabricação de calçados, mas não estava dando muito certo. “Foi aí que minha cunhada que tinha loja me convidou para fazer pequenos reparos para ela e comecei. De boca a boca as pessoas começaram me procurar e foi aumentando o serviço”, salienta.
O sonho que ficou para trás
O desejo de trabalhar em escritório nunca foi realizado, mas o sonho ficou para trás, dando espaço para a profissão tão desejada de sua mãe. “Hoje eu faço em poucos dias de serviço o que no começo eu fazia em um mês. A demanda é grande e me sinto realizada em poder ajudar”, destaca Marlene.
Outro lado bom de ter se aventurado entre as linhas e máquinas de costuras foi o privilégio de trabalhar em casa perto dos filhos. “Lembro que quando não tinha muita cousa para chover e estava chovendo, eles não iam para a escola e a gente assistia filmes comendo pipoca”, conta.
Novo foco em 2022
Segundo Marlene, a intenção é diminuir os consertos e focar na confecção de cortinas e roupas de cama. “Eu acho fantástico e gratificante começar uma peça do zero e ver ela pronta depois”, explica.