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Familiares madrugaram em filas para visitar os presos no final de semana
Rio Grande do Sul – O sábado (17) e o domingo (18) foram de reencontro para milhares de famílias de presos gaúchos. As visitas, que estavam suspensas desde o início da pandemia de coronavírus, foram retomadas. De forma limitada e contida, longe do considerado ideal pelos parentes dos detentes, mas suficientes para matar um pouco da saudade. O retorno das visitas presenciais, que não aconteciam desde março, se deu nos estabelecimentos localizados em regiões que permanecerem por, no mínimo, duas semanas consecutivas nas bandeiras laranja ou amarela. Mesmo nessas cidades, em que o risco de contágio diminuiu, cada preso tem o direito de apenas uma visita mensal (antes da pandemia eram duas visitas semanais). Foi o que aconteceu na Cadeia Pública de Porto Alegre, por exemplo (mais conhecida como Presídio Central) e no complexo penitenciário de Canoas (a Pecan).
Sem conexão
Nas duas cidades, filas se formaram tanto na madrugada de sábado como na de domingo para garantir o acesso. Próximo à Cadeia Pública de Porto Alegre, por exemplo, mais de mil visitantes se concentraram ao longo de dois quarteirões. Policiais militares percorriam as calçadas alertando para que fosse mantido distanciamento entre as pessoas – ou então a visitação seria interrompida. O alerta funcionou e a fila ficou mais espaçada, embora maior.
Como o Central tem hoje 3,5 mil presos, foi necessário escalonar a visitação em quatro dias. Dois deles, para uma parte dos presos, neste fim de semana. Os dois restantes, nos próximos sábado e domingo. Cada preso só pode receber um visitante e não tem direito, por enquanto, a visita íntima.