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Justiça manda apreender telefones e computadores na casa de Crivella antes de liberação para prisão domiciliar
Rio de Janeiro/RJ – A desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, do Grupo de Câmaras Criminais, expediu, na tarde desta quarta-feira (23), mandado de verificação e busca e apreensão para ser cumprido na casa de Marcelo Crivella (Republicanos), em seu apartamento na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
De acordo com a decisão judicial devem ser retirados os terminais telefônicos fixos, computadores, tablets, laptops, aparelhos de telefone celular e smart TVs da residência onde Crivella cumprirá a prisão domiciliar.
A desembargadora determinou ainda que as empresas de telefonia fixa e de internet sejam oficiadas para interromperem os respectivos sinais no apartamento do prefeito.
A magistrada decidiu ainda que seja colocada a tornozeleira eletrônica no prefeito. Após as realizações dessas medidas, a desembargadora deve ser comunicada para expedir nova decisão sobre o caso.
Na noite desta terça-feira (22), o ministro Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) substituiu a prisão preventiva do prefeito do Rio de Janeiro pela prisão em regime domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica.
Nesta quarta-feira (23), o desembargador de plantão no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Joaquim Domingos de Almeida Neto encaminhou à desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita a determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de conceder prisão domiciliar ao prefeito Marcelo Crivella.
Rosa Helena Guita foi relatora do processo que determinou a prisão do prefeito e ainda o seu afastamento do cargo.
A desembargadora participou, na tarde desta quarta-feira, das audiências de custódia do delegado aposentado Fernando Moraes e do empresário Adenor Gonçalves. Como ambos estão com sintomas de Covid-19, eles permanecerão internados no Hospital Penitenciário. Cabe agora ao MP se manifestar nos autos.
Pego de pijamas
Crivella foi preso em casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, por volta das 6h. Ele foi levado diretamente à Cidade da Polícia, na Zona Norte. Antes de entrar na Delegacia Fazendária, ele disse que foi o prefeito que mais combateu a corrupção e que espera por “Justiça”.
“Lutei contra o pedágio ilegal, tirei recursos do carnaval, negociei o VLT, fui o governo que mais atuou contra a corrupção no Rio de Janeiro”, disse Crivella. Questionado sobre sua expectativa a partir de sua prisão, o prefeito se restringiu a responder: “Justiça”.
Ao chegar à Delegacia Fazendária, o advogado de defesa Alberto Sampaio disse que Crivella ficou surpreso com a prisão e foi pego ainda de pijamas em casa, já que tinha acabado de acordar. O advogado, no entanto, não quis gravar entrevista com a imprensa.
A prisão de Crivella aconteceu 9 dias antes de terminar o seu mandato. Como o vice-prefeito dele, Fernando McDowell, morreu em maio de 2018, quem assume a prefeitura enquanto o prefeito estiver preso é o presidente da Câmara de Vereadores, Jorge Felippe (DEM).
Crédito: G1