A SES receberá nesta segunda-feira (25) um relatório com informações sobre o quadro clínico e a situação de cada paciente. Para a transferência entre o aeroporto e os hospitais, serão utilizadas ambulâncias básicas e avançadas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Há possibilidade de a logística também envolver um micro-ônibus da Brigada Militar ou do Exército.
Dos 50 pacientes, 20 serão enviados para o Hospital Universitário de Canoas. Os outros 30 ficarão em Porto Alegre – 10 no Grupo Hospitalar Conceição, 10 no Hospital de Clínicas e 10 no Hospital Vila Nova. A Secretaria Estadual da Saúde (SES) organiza uma operação de transferência desde o aeroporto Salgado Filho, na Capital, onde os pacientes devem desembarcar, até os hospitais.
Nas redes sociais, o governador em exercício, Ranolfo Vieira Júnior, disse que “a solidariedade não tem distância nem fronteiras” e que o Estado atenderá a um pedido do Ministério da Saúde.
Já a secretária da Saúde, Arita Bergmann, ressaltou que o Estado se solidariza com a situação de Rondônia e agredeceu aos gestores municipais e aos hospitais que colocaram leitos à disposição. Em entrevista ao programa Gaúcha Faixa Especial, na noite deste domingo, ela afirmou que a baixa ocupação de leitos clínicos de pacientes com coronavírus (está em 22% neste momento) ajuda o Estado a planejar o recebimento desses pacientes.
A decisão foi tomada entre a SES e a secretarias municipais de Saúde das cidades que vão receber os pacientes.
— São pacientes clínicos que precisam de oxigênio e de outras demandas. O governo de Rondônia quer se precaver e evitar que esses pacientes acabem na UTI, porque o Estado vive uma situação de pré-colapso. Se forem para UTI, é possível que não recebam atendimento adequado _ explicou o diretor do Departamento de Regulação Estadual, Eduardo Elsade.
Eles ocuparão leitos de enfermaria – há possibilidade, no entanto, de que o quadro venha a evoluir e que precisem de leitos de UTI. Mesmo assim, o diretor de Regulação Estadual garante que o RS está preparado para receber as pessoas.
– Temos condições de suportar um eventual aumento de demanda e não temos receio em aceitar esses pacientes, colaborando com os Estados do Norte, que estão em dificuldade neste momento – garantiu Elsade.
Em 14 de janeiro, o governo do Estado já havia se colocado à disposição para receber pacientes de Manaus, em consequência do esgotamento da rede hospitalar da capital do Amazonas.
* Com informaçõesde GauchaZH.