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Estância Velha: Secretaria de Educação propõe aula remota até o final do ano
Estância Velha – O impasse sobre a volta às aulas segue na pauta da discussão da comunidade escolar. O Governo do Estado liberou para a decisão em cada município, e sugeriu o retorno gradual em todas as escolas. Em Estância Velha, a decisão foi seguir o colegiado dos prefeitos da região, sendo combinado uma reunião no final do mês de setembro para rever o posicionamento de, por enquanto, seguir com as aulas remotas. A Secretária de Educação Rosane Dalpiaz, encaminhou um memorando à prefeita Ivete Grade, falando sobre todas as dificuldades que teriam de ser enfrentadas no retorno das aulas presenciais, em meio a pandemia. No memorando consta o resultado da pesquisa realizada pela Semec, com os pais de todas as escolas da rede municipal, mostrando que mais de 80% das famílias não têm a intenção de enviar os filhos presencialmente às aulas, com turno de três horas diárias, no sistema de rodízio.
Conforme explica Rosane, a questão da saúde é a preocupação principal da Secretaria, tanto em relação aos alunos, quanto aos professores e funcionários. “Não temos como garantir a proteção sanitária de todos, visto que, mesmo com o cumprimento dos protocolos de segurança, será inevitável o contato físico entre as crianças. Pensar em crianças sem contato físico entre si é uma utopia”, diz a secretária. Outro fator abordado é o alto custo para o cumprimento dos protocolos sanitários, tanto para as escolas da rede, quanto para as escolas particulares, mesmo assim sem garantir a proteção quanto a um provável contágio. Caso isso ocorra, a escola deverá ficar fechada por 15 dias, fazendo com que, inevitavelmente, o ensino tenha que passar a ser remoto para os alunos que estiverem frequentando presencialmente às aulas.
PESQUISA E CONCLUSÃO
O turno presencial obrigatório de 3 horas por aluno, também iria causar dificuldades aos responsáveis a rotina de levar e buscar os filhos. A higienização de todos os espaços e utensílios deverá ocorrer após a saída dos alunos, diariamente. Com uma média de 30 alunos em média por turma, e o sistema de escalonamento, conforme tamanho das salas de aulas, faria com que os alunos participassem presencialmente, em muitos casos, de apenas 1 aula presencial por mês. Portando, as aulas remotas precisariam seguir de qualquer forma. 30% de todos os profissionais da educação da rede municipal, pertencem ao grupo de risco, não podendo atender às demandas presenciais. A Secretaria teria que fazer contratação de professores, agentes de serviço, estagiários e motoristas para suprir a falta presencial deste grande grupo de profissionais, o que não é permitido no período eleitoral.
CONFIANÇA
Rosane reafirma sua total confiança no trabalho remoto que está sendo realizado pelos professores, através da plataforma Google For Education, adquirida pela Semec. Conforme mapeamento feito pela Secretaria no mês de maio, 85% dos alunos da educação infantil e ensino fundamental estão realizando atividades online, 13% os pais buscam as atividades nas escolas, 1% é entregue nas casas dos alunos e apenas 0,4% dos alunos estão sem contato, o que corresponde a 38 alunos. A proposta apresentada pela Semec, depois de toda a explanação feita à prefeita, é a continuidade das aulas não presenciais no calendário remoto até dezembro de 2020.