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Feitiço contra o feiticeiro: delegado é indiciado

16/03/2018 - 16h41min

Novo Hamburgo – A Polícia Civil corta na própria pele e conclui o inquérito policial que investigava o delegado que declarou ter esclarecido a morte de duas crianças através de uma “revelação divina” indiciando Moacir Fermino. Para a Corregedoria da Polícia, o delegado corrompeu testemunhas para darem declarações falsas para sustentar o inquérito policial contra empresários de Novo Hamburgo e um líder de uma seita de Gravataí. Além disso, o delegado foi indiciado por falsidade ideológica. Além de Fermino, um outro policial e uma das testemunhas corrompidas – que inclusive foi presa após revelar que mentiu sobre o caso – foram indiciadas pelos mesmos crimes.

O delegado era substituto na Delegacia de Homicídios de Novo Hamburgo quando assumiu o inquérito que investigava a morte de duas crianças que supostamente teriam sido mortas durante um ritual satânico. Inicialmente, a Polícia divulgou que o caso teria sido encomendado por empresários de Novo Hamburgo para ter prosperidade nos negócios do ramo imobiliário. Eles teriam contratado um bruxo de Gravataí para realizar o serviço.
Depois da divulgação do caso e da decretação da prisão de sete acusados, as três testemunhas chaves do inquérito voltaram atrás e informaram que foram coagidas e ameaçadas a mentir para sustentar a tese investigativa.

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