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Ao menos 55 elefantes morrem de fome em meio à seca no Zimbábue

22/10/2019 - 16h35min

Ao menos 55 elefantes morreram de fome no Parque Nacional Hwange, no Zimbábue, nos últimos dois meses, por causa da grave seca que atinge o país.

“A situação é desesperadora”, diz Tinashe Farawo, porta-voz da Zimparks, a agência de administração de parques e vida selvagem do país. “Os elefantes estão morrendo de fome e isso é um grande problema.”Em agosto, um relatório do Programa Mundial de Alimentos, da ONU, relatou que dois milhões de pessoas estão sob risco de passar fome no país.

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Alguns dos elefantes foram encontrados a 50 metros de lagos vazios — sugerindo que eles vieram de longe e morreram pouco antes de chegar às poças d’água.

Farawo diz que os elefantes causaram “destruição massiva” da vegetação em Hwange. O parque tem capacidade para 15 mil elefantes, mas atualmente tem uma população de mais de 50 mil.

A Zimparks, autoridade que administra os maiores parques e reservas do país, mas não recebe fundos do governo, tem tentado cavar poços, mas faltam recursos, diz Farawo.

Análise

Seus corpos foram vistos em lagos secos — foram 55 elefantes mortos só nos últimos dois meses, vítimas de uma seca que agora ameaça as vidas das pessoas e da vida selvagem da mesma forma.

No gigantesco Parque Nacional Hwange, no Zimbábue, o problema não é só a falta de chuva, mas a população muito grande de elefantes. O excesso de animais levou alguns deles a sair do parque em busca de comida. No processo, dizem as autoridades, eles já mataram 22 pessoas em vilarejos neste ano.

Por trás de tudo isso está a questão monetária: a crise econômica no país significa que não há recursos para administrar a vida selvagem corretamente.

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Uma solução é vender elefantes para parques estrangeiros, mas essa prática — muitas vezes feita de forma questionável — gerou fortes críticas de especialistas em vida selvagem. Eles dizem que jovens elefantes foram separados de suas famílias e enviados para zoológicos da China com poucas condições de abrigá-los.

Fonte: G1

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