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Após regularização, loteamento quer dar dignidade às pessoas

05/06/2018 - 17h31min

Atualizada em 05/06/2018 - 17h33min

Estância Velha – Dignidade é uma característica ou particularidade de quem é digno; atributo moral que incita respeito; autoridade, dentre muitos outros. Mas o que talvez mais chame a atenção nesses tantos sentidos, seria a palavra “decência”. Essa é a busca dos moradores do loteamento Cooperlaga, no bairro Campo Grande, que desde a sua fundação, em 2004, não possuem luz e água encanada. “Divido meu contador com quatro famílias. É o único jeito de conseguirmos ter energia elétrica em casa”, argumentou o comerciante Antônio de Oliveira Santos, de 47 anos. O dono de um minimercado localizado no alto do morro do loteamento diz que foi necessário improvisar postes de madeira para que os fios não ficassem no chão. “Nós mesmos fizemos essas ligações, mas mesmo assim alguns fios estão deitados”, observou.

O casal Henrique Lopes Nascimento, de 74, e Dorli Haag, de 47, divide o contador com Antônio. Morando desde 2008 no local, os dois relatam que já ouviram promessas de que esse quadro um dia mudaria. “Temos que ter esperança. É o que nos resta”, comentaram.

Essa é a mesma realidade da Teresinha Schwartz, de 70 anos. Assim como Antônio, Henrique e Dorli, a aposentada tem que utilizar água de poço para cozinhar, lavar a roupa e regar as flores, como estava fazendo ao conceder a entrevista para a reportagem. “Moro aqui há um ano e quando comprei o terreno, não sabia disso tudo. O jeito é contar com a cooperação dos vizinhos e torcer para que essa realidade mude”, torceu a moradora.

Perspectiva de mudança
Essa situação poderá mudar em breve. Os procedimentos para a regularização do loteamento Cooperlaga iniciaram no ano passado, quando o vereador e morador do local, Carlos Bonne, enviou projeto de lei, para que as 509 escrituras fossem oficializadas. O vereador ainda relata que esse projeto é idealizado desde 2006, e que somente agora parece existir uma perspectiva de mudança. “Recentemente tivemos uma reunião com representantes da Corsan, onde a prefeita participou. Fizemos contato com a RGE também, para implementar a extensão de rede. Nos deram uma estimativa para o primeiro trimestre de 2019”, explicou o vereador. “Queremos o apoio da Prefeitura com a mão de obra. A canalização e a fiação elétrica seriam de responsabilidade das companhias”, comentou.

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