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Casal de Esteio sofre grave acidente na África e, agora, pede doações para tratamento e retorno

21/06/2018 - 14h49min

Um casal de gaúchos, moradores de Esteio, teve a viagem de férias abruptamente interrompida no dia 1º de junho, quando o carro que dirigiam na África do Sul se envolveu em um acidente. Desde então, o motorista do veículo, o empresário Lucas Pacheco da Silva, 28 anos, está internado em coma no país. A namorada, a advogada Arianne Batisti, também com 28 anos, conseguiu retornar ao Brasil, mas segue na UTI para tratar ferimentos e deve passar por cirurgia. Mesmo dentro do hospital, ela criou junto com os sogros uma vaquinha para ajudar a arcar com os altos custos do tratamento de Lucas.

— A gente estava aproveitando muito a viagem, era algo que planejávamos há tempo. Foi muito difícil voltar de lá sem ele e usando um “halo” (espécie de colete que sustenta a cabeça), mas eu precisava vir para me operar. Agora só quero que ele retorne para casa o quanto antes — conta.

O sonho de conhecer o país africano começou a ganhar forma há mais de um ano, quando o casal definiu o período de férias e começou a planejar a viagem. No roteiro, que iniciou dia 19 de maio, incluíram uma viagem de carro do Kruger Park, o parque de safári mais famoso da África do Sul, a Joanesburgo, a maior cidade do país. Foi neste trajeto que a viagem, dois dias antes de terminar, foi interrompida:

— Era uma viagem de 15 dias, estava quase acabando. Eu não lembro o que houve, mas lembro que o Lucas estava dirigindo e que havia muita fumaça na pista, vinda de um caminhão. Soube depois que, no acidente, houve um engavetamento com mais de 20 carros, deixando mais de 15 feridos. Entre eles, eu e o Lucas.

https://www.facebook.com/arianne.batisti/posts/1811479702282463

Arianne acordou em um hospital público do país, com o braço esquerdo quebrado em duas partes e uma fratura na vértebra C1 da coluna cervical. Lucas quebrou o braço direito, teve o pulmão perfurado por uma costela quebrada e sofreu um traumatismo craniano. Por isso, está em coma induzido desde o dia do acidente. Ele foi transferido a um hospital privado, onde o custo da interação fica em torno de US$ 6 mil por dia (cerca de R$ 22 mil).

— A gente tinha um seguro saúde, mas o valor para questões médicas era de no máximo US$ 40 mil (em torno de R$ 150 mil). Isso já foi usado, e agora a família está arcando com os custos. Os pais dele estão na África do Sul, mas a situação é muito difícil — explica a advogada.

De acordo com Arianne, que voltou ao Brasil para ser operada, o namorado recentemente fez uma traqueostomia e a previsão é de que fique em coma induzido por, pelo menos, mais duas semanas. Para ajudar os custos do tratamento de Lucas, a advogada tem mobilizado amigos, familiares e desconhecidos para arrecadar fundos por meio de rifas, ações beneficentes e uma vaquinha online.

— O Lucas vai ter que ficar lá até estar em condições de voar num avião ambulância ou sair do coma. O que eu quero é que o Lucas retorne bem, se recupere. Estou muito chateada de ele ter ficado lá. Peço que continuem orando por nós, especialmente pelo Lucas — apela Arianne.

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