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Ciclista de Picada Café percorre mais de 5 mil km em um ano
Picada Café – Aonde você está nesse momento? Em casa? No emprego? Na farmácia ou posto de gasolina? Não importante onde você estiver. Se olhar para fora poderás ver alguém passando de bicicleta. Pois a bicicleta, “bike” ou “magrela” se tornou a companheira inseparável de um aposentado de 63 anos. O morador de Picada Café fez mais de 5 mil km de bicicleta em 2021. Para ele a bicicleta se tornou uma ferramenta indispensável no dia a dia. Seja para passear, conhecer outras cidades e regiões, fazer e conservar amizades, e até mesmo para honrar compromissos como pagar contas, fazer compras, resolver tantos perrengues que estamos acostumados no cotidiano.
SÃO 46 ANOS ANDANDO DE BICICLETA
Seu Celestino Gehlen reside no Lichtenthal, Picada Café. Mas se engana quem acha que a bicicleta, a vontade de andar, é de agora, depois de aposentado. Ele é aposentado do Curtume Ritter, empresa distante cerca de 4km de sua casa. Seu modo de transporte para o emprego por mais de 40 anos foi, normalmente, a bicicleta, um meio gratuito e que ainda ajuda a conservar a saúde através do pedal, da atividade física.
MAIS ADEQUADA
Mas a bicicleta e a vontade de pedalar entrou mesmo como hobby na vida do aposentado em maio de 2019. Foi visitando um amigo no bairro onde reside que ficou sabendo que havia uma bicicleta especial para passeio a venda. Juntando as economias seu Celestino comprou a bicicleta, de uma marca alemã. E esta, que é muito mais leve e adequada as pedaladas longas, com marchas, fez o aposentado ficar ainda mais apaixonado pelo esporte. Não demorou e ele melhorou ainda mais o seu equipamento de passeio quando em 2020 adquiriu outra bicicleta, nova, e ainda mais leve, o que ajuda nas pedaladas e enfrentar as subidas tão presentes na nossa região.
ACIDENTE EM 2020: 38 DIAS PARADO
Mas, o ciclismo nas estradas da região, requer cuidados. As possibilidades de quedas sempre existem. Por isso o aposentado sempre utiliza os equipamentos de proteção necessários a esse tipo de atividade esportiva. Mesmo assim, em 10 de outubro de 2020, ele teve uma queda na localidade de Morro do Pedro, interior de Morro Reuter, e foi socorrido pelos amigos e os Bombeiros Voluntários de Picada Café. Essa queda o machucou e deixou afastado 38 dias das pedaladas. Foram várias escoriações e até pontos que necessitaram de uma parada. “Assim como caí, me machuquei, sabia que tinha que curar primeiro as feridas para depois voltar. A queda é normal, por isso uso todos os equipamentos de segurança”, descreveu.
Percurso contabilizado através de programa
Sair de casa, pedalar, faz parte da rotina de seu Celestino. As vezes ele inicia a pedalada às 5h da manhã, já para evitar o sol forte e aproveitar ao máximo o amanhecer. Mas antes ele avalia o percurso e define a hora de sair de casa. E esse percurso é registrado num programa do celular onde são configurados os Kms rodados, altitude e outros dados. Através desses dados ele contabiliza o percurso que em 2021 foi de 5.006km rodados de bicicleta. Além de pedalar sozinho, o aposentado também participa do grupo Kaffeeschnei Bike, fundado a cerca de quatro anos com o objetivo de estimular a prática da pedalada em Picada Café e região.
NA REGIÃO
Gehlem sabe como poucos fazer e conservar amizades. Por estar envolvido há décadas no EC 11 Amigos, clube do Lichtenthal, ele já é muito conhecido. E na região não há cidade que ele ainda não tenha passado. Nova Petrópolis, Linha Nova, São José do Hortêncio, Presidente Lucena, Ivoti, Lindolfo Collor, Dois Irmãos, Morro Reuter, dentre muitas outras.
DA ESPOSA: O APOIO NECESSÁRIO
Celestino é aposentado e casado com Marta Gehlen, também aposentada, com quem possui duas filhas já casadas. Inicialmente, conta Celestino, a esposa estava receosa, preocupada em saber que o esposo estaria no trecho. Mas, aos poucos, essa preocupação se transformou em incentivo para que ele siga fazendo o que gosta e com isso cuidando da saúde. Indagado de como é pedalar mais de 5mil km em um ano, ele afirma que é cansativo, mas que traz muitos benefícios. “Cansa, lógico, mas é muito bom. Sempre indico a pedalada como uma ótima opção para cuidar da saúde. Claro, sempre tomando os cuidados necessários e usando o material de proteção”, declarou. E adivinhem onde Celestino estava quando foi feita essa reportagem: pedalando. Sim, esta foi feita no trecho quando o aposentado saía para mais uma pedalada e passava pelo pórtico de acesso a Picada Café.