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Crianças chocam comunidade ao usar gato como bola de vôlei
Crianças causaram polêmica no município de Santa Rosa no sábado, 23, após serem flagradas usando um filhote de gato como “bola” de vôlei. O caso ocorreu por volta das 16 horas, em um ginásio de uma escola na Vila Glória.
Segundo um grupo de escoteiras, que realizava um trabalho nos arredores da escola, elas foram contatadas por uma adolescente que presenciou a cena e, ao chegarem no local, encontraram três meninos, aparentemente na faixa entre 10 a 12 anos, arremessando o animal entre eles. Ao perceberem a presença das escoteiras, jogaram o filhote para o alto e fugiram do local.
As meninas resgataram o gatinho, que era preto e tinha cerca de 30 dias, e procuraram a Amigan – Associação Amigos dos Animais, para que pudesse prestar socorro ao animal, que estava desacordado. A associação estava realizando um trabalho de adoções no Parque de Exposições do município no momento, e encontraram dificuldades para encaminhar o felino para atendimento veterinário.
A presidente da Amigan, Rosane Borsekowski, comentou que o grupo que estava realizando o projeto no parque tentou de todas as formas reanimar o felino. “Estávamos entre 10 pessoas e inclusive tínhamos duas estudantes de veterinária nos auxiliando. Conseguimos reanimá-lo algumas vezes, mas logo em seguida ele desmaiava”, relatou.
Por volta das 18 horas a Amigan conseguiu encaminhar o gato para um veterinário, que após exames preliminares, constatou que o filhote tinha muitas lesões internas, especialmente na área do tórax, indicando o sacrifício. “Não havia mais o que fazer. O bichinho ficaria horas ligado ao respirador sem ter a chance de recuperação. Estamos todos em choque”, comentou Rosane.
Casos recorrentes
De acordo com a presidente da Amigan, os maus tratos contra animais tem se tornado uma tônica desagradável na comunidade de Santa Rosa. “Está se tornando repetitivo nos últimos seis meses. A cada mês ocorre um caso extremo. Nesse em especial envolveu crianças, o que nos deixa muito preocupados, pois podem se tornar futuros agressores”, salienta.
Rosane abriu um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia, que irá investigar o caso e acionar os pais. A quadra de esportes onde ocorreu a agressão estava fechada e não possui câmeras de vigilância. A presidente da Amigan se prontificou a conhecer a escola e conversar com a diretoria sobre o caso.
“Esta situação não pode ficar impune e vamos procurar auxiliar de todas as formas, até para notificar os pais destas crianças. Nos oferecemos inclusive para realizar trabalhos de conscientização na entidade, se for necessário”, finalizou.