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Dia da Mulher: As dificuldades da infância lhe ensinaram a ser uma grande mulher
A advogada Simone Arteiro aprendeu cedo a força e o poder das mulheres. Quem a conhece pode não acreditar, mas ela precisou trabalhar na roça ainda criança até tornar-se a profissional renomada e reconhecida que é. “A Dra. Simone Arteiro é uma mulher de 48 anos, mãe de quatro filhos: Aurea Rafaela Arteiro Herzer Buffon, 29 anos, advogada; Carolina Arteiro Herzer, 26 anos, farmacêutica, Nathália Arteiro Steffen, 22 anos, bacharel em direito; Vinícius Arteiro Steffen, 20 anos, cursando o terceiro ano de curso de Direito”, revela a profissional.
Conta que nasceu em Novo Hamburgo, mas foi entregue para ser criada pelo avós desde os dois meses de idade, num Distrito de Rolante, chamado Morro Grande. Teve que trabalhar na roça desde muito cedo, e no turno inverso ia para a escola. Aos 11 anos de idade sua nona (avó em Italiano) lhe disse o seguinte: “tu já és grande, não precisa mais estudar, vais trabalhar na fábrica para ajudar no teu sustento”. “Este foi um dos dias mais tristes da minha vida, amava estudar”, diz.
“Eu posso, eu vou conseguir”
Desde seus 16 anos de idade ela mora em Estância Velha. Voltou a estudar depois de adulta, formou-se e criou seus quatro filhos sozinha. “Profissionalmente, amo muito o meu trabalho, não rezo para chegar a sexta feira e nem digo, já é segunda…..Nunca tive qualquer dificuldade na minha profissão por ser mulher”, aponta a advogada que acredita que na sua profissão as mulheres já tenham ultrapassado essas barreiras, embora cite que muitas mulheres ainda sofrem preconceito e ganham menos que os homens fazendo as mesmas tarefas. “Mas isso também está mudando”,opina.
Para a dra. Simone, a mulher, quando está determinada a fazer algo, ela consegue, e faz com eficiência. “É uma característica feminina”, diz. Destaca que ao longo do tempo, a mulher vem conquistando seu espaço, quer seja na carreira profissional, na política, e, nesse particular, defende que as mulheres precisam avançar mais. “Precisamos de mais mulheres na política”, observa.
A maior influência na sua vida, em toda a sua trajetória, que sempre foi muito difícil, sozinha, foram, segundo ela, justamente as palavras duras da nona, aos 11 anos de idade, quando a tirou da escola, e ela chorava sem parar: “Tu és uma menina forte, tu podes estudar quando tu cresceres e pode ser o que tu quiseres, todo ser humano pode ser o que quiser, então, para de chorar que tudo vai dar certo.” E foi desta forma que sempre foi em busca dos seus sonhos, acreditando que todas as pessoas podem chegar onde quiserem chegar. “É assim que é a vida!”, afirma.
“No dia Internacional da Mulher, o que eu de fato desejo é que todas as mulheres sejam muito, muito fortes, mesmo quando elas acreditam que está difícil demais, que não vai conseguir, olhem-se no espelho e digam a si mesmas EU POSSO, EU VOU CONSEGUIR, e vá buscar o seu espaço”, conclui.