Destaques
Diário do Empreendedor: Cachaçaria Bockorny une tradição e requinte em bebidas
Ivoti – Um dos empreendimentos mais tradicionais da região, a Cachaçaria Bockorny, teve lugar no Diário do Empreendedor na semana passada. O sócio e gerente, Guilherme Bockorny, foi entrevistado e comentou a respeito do negócio que gerencia, e está aberto desde o ano de 1912, quando foi fundado na Picada Feijão por seu antepassado, Antônio Bockorny.
A Cachaçaria Bockorny tem, em seu portfólio, diversas opções de bebidas, como um gin, que será lançado de forma oficial futuramente, vodka, licores e bebidas mistas. As cachaças em si, carros-chefe do negócio, são comercializadas em comércios de toda a região, e há uma loja online no site www.cachacariabockorny.com.br. Contate a Bockorny pelo telefone (51) 3563-1023.
Trecho da entrevista
Diário: Como a Bockorny surgiu e como se tornou referência?
Guilherme Bockorny: Ela surgiu em 1912, com filhos de imigrantes que vieram ao Brasil. Oito anos depois da imigração que esteve bem forte aqui para Ivoti, meu tataravô começou a produção de aguardente de cachaça, da cana-de-açúcar. Hoje trazemos ainda o nome Bockorny Schnaps, que era produzido na Alemanha, um destilado feito à base de batata, e aqui no RS se tornou mais popular com a cana. Dessa aguardente, eram feitos cerca de 150 litros diários, e o engenho todo à base de mulas. E aí, era enviada para a região toda, para abastecer os bares das regiões.
Diário: Recentemente, vocês ampliaram seus espaços. Quais foram os resultados?
Guilherme Bockorny: Foram excelentes. Nossas visitações diárias nos dias de semana, e principalmente nos finais de semana, praticamente triplicaram. Então o retorno foi excelente. Tanto o feedback dos clientes, quanto o local, e a loja nova foram muito bons. A nova loja foi muito bem equipada para receber todo mundo, tem todas as áreas identificadas, de destilação, fermentação, envelhecimento, que é no subsolo, e aí está muito bom para o pessoal conhecer por lá. A partir do momento que começar a flexibilizar um pouco mais a liberação da pandemia, há um barman fazendo drinques por lá.
Diário: Como vocês mantêm o nível alto de excelência de seus produtos?
Guilherme Bockorny: Nosso nível de excelência e qualidade de produto é sempre atestado de três em três meses, quando vamos trocando os tanques. Nós enviamos para uma análise química, e ela faz todo o processo de teor alcoólico, limpeza do alambique onde é destilada a cachaça, que é feita regularmente, para não haver sujeiras. O fermento, quando é produzido, dura três meses, e após isso é feita uma assepsia dos tanques. Ele é trocado e começamos a fabricar no outro, e cada vez que começamos a fazer, é feita uma análise em um laboratório. Isso atesta nossa qualidade.
Diário: Quais foram os impactos trazidos pela pandemia à condução do negócio?
Guilherme Bockorny: Logo no início, quando houve a época em que chegou a fechar todos os comércios, estávamos bem preocupados com a queda de vendas. Já tínhamos programado no orçamento todo para a construção do novo espaço. Talvez não teríamos dinheiro, ou faltariam recursos para conseguir terminar a obra. Mas até ficamos surpresos com o aumento de vendas que houve durante a pandemia. As pessoas compraram mais, em menos vezes, mas adquiriam em maior quantidade. E isso, para nós, foi muito bom. Tirou um pouco de nossa preocupação.