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Diário do Empreendedor: Felipe Kuhn Braun fala sobre sua vida e obras

08/06/2021 - 13h51min

Atualizada em 17/06/2021 - 14h08min

Felipe tem 33 anos e é natural de Novo Hamburgo (Créditos: Felipe Faleiro)

Ivoti – O vereador de Novo Hamburgo, jornalista e autor de 21 livros sobre aspectos da imigração germânica, Felipe Kuhn Braun, foi entrevistado na semana passada no programa Diário do Empreendedor. Ele comentou a respeito do processo de criação e inspiração para suas obras, bem como futuros projetos a serem realizados.

Nascido em Novo Hamburgo em 1987, Felipe tem longa trajetória em suas pesquisas, reunindo milhares de documentos e fotografias, estabelecendo fortes vínculos com as famílias da região, muitas delas já retratadas em seus escritos ao longo dos anos. Confira um trecho da entrevista a seguir e assista à completa no Facebook ODIARIONET.

Trecho da entrevista

Diário: Quem é Felipe Kuhn Braun e qual sua relação com a região?
Felipe Kuhn Braun: Sou neto e filho de imigrantes da região. Meu avô paterno era natural de Dois Irmãos, minha avó paterna de Bom Princípio, meu avô materno de Nova Petrópolis e minha avó materna de Picada Café. Todos emigraram a Novo Hamburgo, porque lá foi, e ainda é, muito importante, na área do couro e calçado, devido àquela importância. Meu trisavô foi enterrado aqui em Ivoti, no Cemitério Católico, foi o doador, na época, do sino para a antiga igreja, e parte dos meus antepassados também eram daqui. A gente tem esta relação com a região, e faz 19 anos que pesquiso a história dos imigrantes, e seus descendentes.

Diário: Como você se organiza para coletar materiais e escrever suas obras?
Felipe Kuhn Braun: Me disciplino muito para pesquisar e escrever, além de aproveitar boa parte do meu tempo livre com o prazer imenso que sinto na escrita. Sempre digo que gosto de publicar sobre assuntos que foram pouco divulgados. Por exemplo, como os imigrantes tratavam a questão do luto e da morte, que foi o tema de um dos meus livros, o mais recente, sobre as noivas de preto, outro que está planejado para este ano, em relação ao aniversário da Reforma Protestante, e esse link com as famílias daqui. Vejo que este crescimento deste trabalho e da procura das pessoas por ele se deve a eu retratar muito a nossa história, entre ela, a da Encosta da Serra.

Diário: Você sofreu um gravíssimo acidente e quase perdeu a vida em Ivoti há alguns anos. Como foi esta época?
Felipe Kuhn Braun: Foi um período muito difícil e uma situação muito delicada. O médico dizia que tinha tudo para dar errado, mas no final deu tudo certo. Nos primeiros dias, a recuperação, 30% da minha musculatura comprometida por cinco meses, cinco costelas trincadas, mas sempre digo: Deus coloca as pessoas certas no momento certo. Colocou todos os que me atenderam, socorristas, enfermeiros, médicos, tanto aqui no Hospital São José, quanto no Hospital Municipal de Novo Hamburgo, nos nove dias em que fiquei na UTI.

Diário: Como é, para você, palestrar em escolas e ver o carinho dos alunos?
Felipe Kuhn Braun: Esta pesquisa que resultou neste material e nos livros iniciou com o trabalho de uma professora minha, quando pediu para iniciarmos nossa árvore genealógica. Vejo que, se em cada turma, conseguirmos plantar esta semente, e as crianças conhecerem mais sua história, buscarem uma foto, guardarem algo que é da família, fará a diferença nestes jovens. Nestes anos todos palestrando, sinto especialmente os quartos e quintos anos, como grandes entusiastas. E há um grande carinho e reconhecimento de crianças que, no futuro, serão jovens e adultos que vão também estar nestes caminhos nos quais nós estamos hoje.

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