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DIÁRIO RURAL: Localidade de Muckenthal é destaque no cultivo de pêssego

21/11/2019 - 17h27min

Atualizada em 21/11/2019 - 17h57min

Morro Reuter – No Muckenthal, o casal Marcos Maciel Hermann e Michele Muck decidiu investir no cultivo de frutíferas há cerca de sete anos e os resultados tem surpreendido. Atualmente eles plantam uma área de aproximadamente dois hectares com 2.400 pessegueiros, além de outras culturas. “A gente começou faz cerca de sete anos, testando variedades. Vimos que o pêssego se adaptou bem. São cinco variedades de pêssego branco (Fascínio, Kampai, PS do Tarde, PS do Cedo e Chimarrita) e mais uma do amarelo (Rubimel). Também temos duas variedades de maçã (Ana e Eva). Fizemos os testes nessas culturas e agora implantamos mais alguns pés neste ano. Também temos ameixa, laranja, bergamota, uva e o caqui”, destaca Marcos.

As maçãs estão se desenvolvendo e o início da colheita está previsto para o mês de dezembro. São 450 macieiras. Marcos optou por diversificar o pomar com o objetivo de conseguir produção durante as diferentes épocas. Esse ano a expectativa dos produtores é colher entre 12 e 15 toneladas de pêssego. Em 2018 a safra foi de 12 toneladas. A maior parte da produção é comercializada em casa. O Pomar Muckers fica na Estrada Picada Verão, nº 2.080, no Muckenthal, próximo à localidade de São José do Herval. Mais informações podem ser obtidas no Facebook “Pomar Muckers” ou pelo Contato: (51) 9962-0136.

Confira a matéria em vídeo:

São cultivadas seis variedades de pêssegos. (foto: Rogério Savian)

O início

Marcos é natural de Porto Lucena e há 16 anos mora na localidade. Já Michele sempre morou na região do Muckenthal. A ideia de investir na fruticultura surgiu ao perceberem que na região ainda não havia pomares em maior escala e no sistema “Colha e Pague”. “A gente sentiu que havia essa necessidade porque o município recebe muitos turistas. Isso dá a oportunidade para as pessoas conhecerem e colherem uma fruta no pé. Ter contato com a agricultura. Então surgiu essa oportunidade de investir num negócio nosso e decidimos aproveitar”, desta Marcos.

A colheita

A safra de pêssegos deste ano começou no dia 18 de outubro, junto com a 4ª Festa Nacional da Lavanda. Durante a semana são comercializados os frutos que já estão colhidos e armazenados na câmara fria. Aos finais de semana os pomares são abertos à visitação, onde os clientes podem colher diretamente no pé, no sistema “Colha e Pague”. O casal está surpreso com a boa aceitação do público, que é composto por pessoas de cidades da região como Nova Petrópolis, Grande Porto Alegre, Dois Irmãos, Morro Reuter, Sapiranga, Ivoti, Santa Maria do Herval, entre outras. Marcos destaca também que vê no pomar a oportunidade de integrar o Roteiro Turístico de Morro Reuter, oferecendo mais uma oportunidade aos visitantes da cidade. A safra do pêssego vai até o Natal.

Maior parte do produto é comercializado na propriedade rural. (foto: Rogério Savian)

Os desafios

Manter um pomar bonito e produzindo não é fácil. Marcos ressalta que muito depende da natureza. “Dá bastante trabalho porque é tudo manual: o raleio, a poda e manter limpo. O pêssego necessita de 200 a 300 horas de frio, com temperatura entre 0ºC e 10ºC. A umidade em excesso atrapalha porque facilita a proliferação de fungos. Já a chuva em excesso atrapalha na florada. Por outro lado, a chuva é necessária para o desenvolvimento da planta e do fruto. Então, tudo precisa estar equilibrado”. Parte do pomar conta com sombrite (tela de proteção) na parte de cima. As vantagens são muitas, em especial a proteção contra granizo. A expectativa é ampliar a cobertura nos próximos anos.

Fazer o que gosta

“Como somos os pioneiros aqui na região, está sendo uma experiência bem bacana. A gente sempre gostou de trabalhar com público. Poder interagir com as pessoas. Mostrar como que é feito. Quando as crianças veem é muito gratificante. Pretendemos investir cada vez mais e diversificar para receber ainda mais visitantes. É muito bom poder trabalhar no que a gente gosta e ainda ver a felicidade das pessoas em podem entrar e colher o fruto diretamente no pé”, afirma Michele.

A estimativa é colher de 12 a 15 toneladas de pêssego. (foto: Rogério Savian)

Mecanização

O fruticultor destaca que cuidar do pomar é trabalhoso, porém com a mecanização do campo e as facilidades de financiamentos para a aquisição de implementos a situação está mais fácil. “Com maquinário facilita bastante o trabalho. Se fosse fazer de modo manual não teria como dar conta de cuidar tudo isso”.

 

 

 

 

 

 

 

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