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Dois Irmãos: Ivana Collet conta história de superação após sofrer um AVC

22/12/2021 - 17h01min

Exercícios e acompanhamento profissional fizeram toda a diferença na recuperação

Por Carla Fogaça

Dois Irmãos- Em 29 de junho, deste ano, a bióloga e coordenadora de educação ambiental Ivana Soligo Collet positivou para Covid-19. Após o diagnóstico ela ficou afastada do trabalho por 10 dias, no dia que era para voltar, ansiosa que estava, acordou com uma forte dor de cabeça. Segundo ela, dor de cabeça era comum, então não deu muita importância.

Invés de retornar para o trabalho, Ivana ligou para o local avisando que não iria, pois estava com uma dor muito forte. Mas continuou o dia em casa, até que, além da dor, começou a perder os movimentos da mão e pé do lado esquerdo. “Foi aí que comecei a me assustar, porque percebi que a coisa era séria”, ressalta.

A família logo chamou o SAMU e quando foram atender o socorrista veio com a notícia: “Ivana, esses sintomas são de AVC”. Imediatamente levaram ela para o Hospital São José e o médico confirmou. “Eu só pensava o pior, fiquei com muito medo, porque não sabia o que aconteceria”, relembra.

Ivana ao tirar esta foto: “deixa eu sorrir porque estou feliz”

Atendimento imediato

Ivana disse que o atendimento da equipe de saúde de Dois Irmãos foi rápido o que ajudou em tudo. “Logo me levaram para o Hospital da PUC, local onde meu plano cobria e lá fiz ressonância que mostraram quatro coágulos do lado direito da cabeça”, conta.

“Quando o médico me disse que eu tive um AVC eu perguntei: hemorrágico ou isquêmico transitório? Ele riu e disse: ‘com certeza o hemorrágico não é porque tu está bem do raciocínio’. Mas eu tive o isquêmico transitório, que é quando há uma interrupção temporária do fluxo de sangue no cérebro”.

Se existe milagre…

Segundo Ivana, no segundo dia de internação ela realizou outra ressonância e para a surpresa dela e da equipe médica os coágulos havia sumido. “Se milagre existe, eu sem dúvidas recebi um milagre, pois eles sumiram sem medicação”. Após estar sem os coágulos, Ivana começou com a medicação para evitar novos.

Ivana diz que nada é por acaso e que encara a vida de outra maneira

Vida ativa e tratamento

Após o AVC Ivana só pensava em uma coisa: “quero voltar a ativa e me recuperar logo”. Foi com este pensamento, positivo, que ela não mediu esforços para se recuperar. E, em tempo recorde, ela largou a cadeira de roda. “Sai do Hospital sem andar, na cadeira de roda, aí o fisioterapeuta Lázaro Ribeiro da Luz, também meu amigo, foi até minha casa e me viu deitada no sofá e disse: ‘senta na cadeira’. Eu digo que ele foi o meu malvado favorito”, conta.

Mas, foi assim, com muito incentivo que ela voltou a caminhar em 10 dias, após sair do Hospital, e em 30 dias já estava dirigindo novamente. “Eu tenho a agradecer ao Lazaro e a Gabriela Lessing, profissionais que me ajudaram na minha reabilitação”, ressalta.

Segundo ela, os profissionais estão aí para ajudar, mas é a força de vontade que faz a pessoa superar os obstáculos. “Meu neurologista ficou impressionado que na minha primeira consulta eu cheguei lá caminhando”.

Ivana continua fazendo pilates e academia com treinos voltados para recuperar a coordenação motora e adquirir força, pois devido ao AVC ela ficou com sequelas na coordenação e na fala, onde fez um mês de fonoaudiologia e agora faz os exercícios em casa.

Recuperou 80% da vida de antes do acidente

Segundo Ivana, ela precisou ficar de atestado por 90 dias após ter sofrido o AVC e foi um momento desafiador, porque ela sempre trabalhou e foi muito ativa. Agora, já voltou ao trabalho, mas ainda não consegue dar palestras, como fazia, por causa da fala que ela ainda enrola algumas palavras e não pode fazer trilhas. “Eu acompanhava as professoras e alunos da rede municipal nas trilhas, mas ainda não posso”.

Avaliando a recuperação, ela acredita que retornou 80% da vida normalmente, faltando apenas as palestras e as trilhas, coisas que pretende retomar em março de 2022. “Eu tomo medicação para o sangue não coagular e por enquanto não posso me machucar, pois como o sangue está fino, um corte eu posso sangrar muito, por isso preciso evitar as aventuras. Mas em março paro com o remédio e a vida volta 100%, explica.

Melhor ter atenção

Ivana deixa a mensagem que é importante perceber os sinais que o corpo dá. “Eu sempre tive dor de cabeça, mas aquela era diferente, mais forte e em outro lugar que de costume”. De acordo com ela, caso tivesse percebido a dor antes, poderia ter sido evitado o AVC. O que causou o acidente vascular não se sabe ao certo, mas médicos apontam a Covid como um possível motivo. “Assim que eu tiver apta quero fazer a segunda dose da vacina, pois isso é muito importante”, declara Ivana.

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